O governo dos Estados Unidos deve anunciar, nesta segunda-feira (10), a imposição de uma tarifa de 25% sobre a exportação de aço e alumínio. A medida tem como principal objetivo atingir a China, maior produtora e exportadora mundial desses materiais.
O ex-presidente Donald Trump, que busca retornar à Casa Branca, argumenta que a taxação é necessária para conter o que considera práticas comerciais desleais, como subsídios estatais chineses e o excesso de produção e exportação desses insumos.
No entanto, o Brasil pode ser afetado diretamente pela medida, já que está entre os principais fornecedores de aço e alumínio para o mercado americano. Se as tarifas forem implementadas, o custo das exportações brasileiras aumentará, reduzindo a competitividade desses produtos e impactando negativamente a indústria nacional, além de prejudicar a balança comercial.
Segundo o anuário da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), em 2023, a indústria brasileira exportou US$ 685 milhões em alumínio para os EUA, representando 15% do total das exportações do setor. Em 2024, o valor subiu 16%, chegando a US$ 796 milhões, o equivalente a 14% do total exportado pelo Brasil.
Até o momento, o governo brasileiro não se manifestou oficialmente sobre a possível taxação. No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já declarou que, caso os produtos brasileiros sejam tarifados, haverá uma resposta na mesma proporção.
“É muito simples: se ele taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade do Brasil em taxar os produtos exportados para os Estados Unidos. Simples”, afirmou Lula no início de fevereiro.
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