André Mendonça assumiu o Ministério da Justiça e Segurança Pública há 1 mês, depois da demissão de Sergio Moro. Desde então, reuniu-se ao menos 14 vezes com o presidente da República, Jair Bolsonaro. O Poder360 localizou na agenda de seu antecessor 23 reuniões com Bolsonaro. Média de 6 vezes por mês. A última foi a de 22 de abril.
A atuação intensa de Mendonça gerou controvérsias no Congresso. Na 3ª feira (26.mai.2020), o ministro da Justiça se encontrou com Abraham Weintraub (Educação). O advogado-geral da União, José Levi, participou, mas foi Mendonça quem apresentou 1 pedido de habeas corpus em defesa do colega. Normalmente a AGU se encarrega disso.
Mendonça intercedeu em nome do colega em relação ao depoimento determinado na 3ª feira (26.mai) pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que deu 5 dias para a Polícia Federal ouvir o chefe da pasta da Educação.
André Mendonça também pediu o arquivamento do inquérito das fake news, alegando que ele é uma afronta à liberdade de expressão. No Twitter, ele disse que a medida tenta garantir a harmonia entre os poderes.
A atitude do ministro da Justiça, entretanto, incomodou deputados da oposição que querem convocar Mendonça para explicações. O ministro será questionado sobre eventual defesa de interesses particulares. Eis a íntegra do requerimento.
Mendonça é cotado para assumir a vaga no STF a ser deixada pela aposentadoria compulsória de Celso de Mello. Em novembro, o decano completa 75 anos, idade limite para atuação de ministros do Supremo. O presidente Jair Bolsonaro já sinalizou que pretende indicar alguém “terrivelmente evangélico”.
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