Uma audiência pública na Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís reuniu representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES), grupos e associações médicas, Ministério Público, Tribunal de Justiça e deputados para dialogar sobre o modelo de saúde da rede estadual. Na ocasião, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Lula, apresentou um panorama atual do funcionamento e gastos da pasta, e comentou da importância de garantir a sustentabilidade da rede. Na audiência, ficou decidida a criação de dois grupos de trabalho que irão discutir a rede de saúde nas temáticas de trauma e assistência materno-infantil.
“A SES tem construído um modelo com reforço dos serviços e unidades eficientes, que resolvem os problemas da população e de mudança daqueles que não são resolutivos. Para isso, é importante ouvir a classe médica, que também tem uma visão técnica da saúde nas regiões. Juntos, vamos construir um modelo que só vai beneficiar a população”, destacou Carlos Lula.
Segundo o juiz Douglas de Melo Martins, é importante ter todos os atores envolvidos na saúde participando da construção de um projeto de racionalização da rede estadual de saúde. “Não existe a possibilidade de uma solução unilateral. Todos precisam conhecer a realidade. O secretário deu uma grande contribuição demonstrando de forma transparente qual é a realidade e apontou uma possível solução. Essa atitude transparente facilitou a compreensão dos médicos”, comentou.
O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Maranhão (Sindmed/MA), Adolfo Paraiso tem participado das discussões desde dezembro do ano passado. Ele também reforça a necessidade do redimensionamento de serviços. “Definições precisam ocorrer e o primeiro passo foi dado. O grupo vai pensar nessa solução conjunta, ouvindo a categoria médica, o Judiciário, o Ministério público e a própria Secretaria”, disse.
Participaram da audiência os deputados estaduais Yglésio Luciano Moyses Silva de Souza, Antônio Pereira e Helena Duailibe; o promotor de Justiça de Defesa da Saúde, Herberth Costa Figueiredo; o promotor Hagamenon de Jesus Azevedo; o presidente da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh), Rodrigo Lopes; diretores de unidades de saúde, representantes de grupos médicos, associação de médicos.
“Gostaria de parabenizar o secretário de saúde, que com toda humildade trouxe essa problemática tão grande, que é de todos nós. Aqui temos o MP, médicos, todos sentados para que a gente encontre uma solução, que tem que ser nossa, porque envolve vida e ela é preciosa. Estamos dando serviços de qualidade, mas o financiamento está ficando difícil. Sabemos da crise que existe e o recurso federal que a todo momento diminui”, ressaltou Helena Duailibe.
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