O Grande, parceiro do Maranhão na
expansão da rede de educação de tempo integral no Estado, entregou-me,
nesta semana, uma publicação intitulada “Mais integral, mais
oportunidades: um estudo sobre a trajetória dos egressos da rede
estadual de ensino de Pernambuco”. Trata-se de um relatório que analisa
jovens que estudaram em centros de ensino de tempo integral, nas
dimensões: escolaridade, renda e equidade.
A pesquisa que avaliou a trajetória dos estudantes pernambucanos
concluintes do Ensino Médio, entre os anos de 2009 e 2014, evidencia os
impactos positivos que esse modelo de ensino gera na vida do jovem. De
acordo com o levantamento, a probabilidade de ingressar no ensino
superior é 17 pontos percentuais maior para estudantes formados em
escolas integrais. E a probabilidade de ingressar em uma instituição
pública, também, é 9 pontos percentuais maior.
No quesito “Mais renda”, o estudo revela um aumento da renda logo no
início da carreira e a probabilidade de crescimento nos anos futuros, ou
seja, com mais tempo no mercado de trabalho, o jovem obtém taxas de
renda ainda maiores que os jovens egressos das demais escolas.
Outro aspecto que vale destaque é a equidade. A pesquisa aponta que o
Integral é capaz de reduzir em 13% a diferença salarial entre os
egressos brancos e pretos/pardos. Nas escolas de tempo parcial, o
segundo grupo tem ganhos de cerca de 10% inferiores em relação ao
primeiro. “Esse dado traz atenção para os benefícios advindos do ensino
integral, com destaque para a promoção da equidade racial e
possibilidade de garantir um maior empoderamento de jovens a despeito da
etnia”, justifica o documento.
Esses impactos se devem ao fato de que a educação de tempo integral é um
modelo voltado à formação cidadã, com foco no exercício do protagonismo
juvenil para a construção do projeto de vida do estudante, a partir do
desenvolvimento de todas as dimensões: intelectual, social, cultural,
física emocional.
É meta do Plano Nacional de Educação
(PNE) que, até 2024, pelo menos, 25% dos estudantes estejam matriculados
nas escolas de tempo integral. E o Maranhão, desde 2015, vem fazendo
sua parte, ainda que de forma tardia, dada às décadas sem que o poder
público priorizasse a educação. Atualmente, são 49 escolas, entre
Centros Educa Mais e unidades plenas do Instituto Estadual de Educação,
Ciência e Tecnologia do Maranhão-IEMA. A partir de 2020, esse modelo
será ampliado, chegando a 60 escolas que passarão a compor a rede de
educação de tempo integral.
Com efeito, a educação de tempo integral, no Maranhão, vem demonstrando
ótimos resultados. Para se ter ideia, nas
duas avaliações diagnósticas do SEAMA (Sistema Estadual de Avaliação do
Maranhão), instituído, neste ano, pelo governador Flávio Dino, escolas
de tempo integral obtiveram resultados acima da média estadual, entre
elas o Centro Educa Mais Jacira de Oliveira e Silva, no município de
Timon.
Só para citar algumas das conquistas da escola: melhor desempenho no
SEAMA, entre as escolas da região; aprovação de 72% dos estudantes no
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e demais vestibulares; evasão
escolar zero; menção honrosa na Obmep (Olimpíada Brasileira de
Matemática das Escolas Públicas), em 2017 e 2018; medalhista na
olimpíada de robótica 2018, etc.
Poderia mencionar mais resultados encontrados em outros centros de tempo
integral da rede estadual, que atestam a eficiência do modelo e a
melhoria dos indicadores educacionais. Entretanto atenho-me ao fato de
que a educação integral, com formação completa, aprendizagem com
qualidade e garantia de permanência dos estudantes na escola são o foco
deste Governo, que prioriza, desde o primeiro dia de gestão, a educação
como setor prioritário para o desenvolvimento do Maranhão.
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