O Prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) remeteu para a Câmara Municipal de São Luís, no
dia 9 de março, dois projetos de lei que atacam os direitos dos professores da Rede Pública Municipal
de São Luís. O primeiro, o PL n.º 27/2020, propõe “reajustar” os
vencimentos dos educadores em
míseros 2,6%. O
outro, pior, PL 28/2020, trata da Reforma da Previdência Municipal,
elevando a alíquota de contribuição não apenas de professores, mas de
todos os servidores municipais para 14%. O Sindeducação alerta, se aprovados, os PL´s
ocasionarão a redução de 0,4% no salário dos
professores.
A
professora Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindeducação,
alertou sobre a iminente possibilidade
de greve da categoria caso qualquer um dos PL´s seja aprovado, nesse
momento, sem debate com professores, servidores públicos municipais e
sociedade em geral. “Ao longo dessa semana mantivemos contato telefônico com diversos vereadores, buscando pedir
que tais PL´s não sejam aprovados pela Câmara, pois no caso do vergonhoso reajuste de 2,6% não houve nenhum debate
ou consulta aos professores, que registre-se, estão com perdas
salariais de 32,15%, referente aos últimos quatro anos do Governo
Edivaldo”, aponta a sindicalista.
O
Sindeducação alerta que vai buscar todas as entidades de defesa dos
servidores municipais, visando montar um Fórum Contra a Reforma da
Previdência
Municipal. “Em um cenário de defasagem salarial, crise sanitária
provocada pela Covid-19, inflação acumulada dos últimos quatro anos em
quase 10%, a Prefeitura toma a atitude desumana de pedir aumento da
alíquota previdenciária de 11 para 14%?”, lamenta a
presidente do sindicato.
Segundo o sindicato, no que diz respeito à Reforma da Previdência, o Município
de São Luís recebeu, recentemente, quase R$ 30 milhões do Leilão do
Pré-Sal para aplicação no Instituto de Previdência Municipal – IPAM, que não seria um órgão deficitário.
O Sindeducação procurou o presidente do Legislativo
Municipal, vereador Osmar Filho, pedindo
que a Casa receba o sindicato para conversar sobre tais PL´s. A entidade aguarda retorno do parlamentar.
De
acordo com a professora Elisabeth Castelo Branco, o sindicato tem em
sua missão atuar com muito respeito e responsabilidade na defesa
dos interesses da categoria, que em assembleia realizada no último mês de janeiro, aprovou Pauta
Única para
a Campanha Salarial 2020: reajuste salarial de 32,15%; pagamento dos
direitos estatutários 2020 no mês de Abril, conforme prevê o Plano de
Cargos, Carreiras e Vencimentos da categoria;
e melhores condições de trabalho.
Já
arquitetando os PL´s do “reajuste de 2,6%” e da Reforma da
Previdência, o prefeito Edivaldo anunciou, no dia 20 de janeiro, nas
suas redes sociais,
o pagamento de Abono Salarial aos professores, a partir de sobras do
FUNDEB 2019. Na ocasião, os professores avaliaram, em assembleia geral,
que a medida tratava-se de uma tentativa de dar “um cala boca” nos
educadores, e que a categoria prosseguiria na luta
em defesa do reajuste salarial e por melhores condições de trabalho.
CALAMIDADE – Diante
de um cenário
incerto para o Brasil, em razão da pandemia causada pelo Coronavírus
(Covid-19), onde, inclusive o Governo do Maranhão já decretou situação
de Calamidade Pública, o Sindeducação, que havia programado uma
assembleia para discutir sobre o reajuste, teve que
suspendê-la para atender o decreto estadual de medidas restritivas.
Apesar da pandemia, já tomou as providencias cabíveis, encaminhando ao
presidente Osmar Filho uma documentação de orientação sobre o reajuste
salarial com percentual aguardado pelo professor
do município.
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