Desde o dia 16 de junho, cerca de 80 internos das APACs de
Itapecuru-Mirim e Bacabal vão passar a produzir máscaras de proteção
para prevenção do contágio pelo coronavírus, com o apoio da União
Europeia, que destinou R$ 350 mil para 23 APACs dos Estados do Maranhão e
Minas Gerais.
A
ação faz parte do Projeto “Mas alla de las fronteras” (Além das
fronteiras) - com o lema “Humanizar a pena, promover a vida” -,
realizado pela Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI Brasil) e pela Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC),
em parceria com o Tribunal de Justiça do Maranhão, Corregedoria Geral
da Justiça e Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP).
No
Maranhão, os recursos serão utilizados nas duas instituições
beneficiadas para a implantação de unidades produtivas de malharia em
Itapecuru-Mirim e Bacabal, onde cerca de 80 internos vão trabalhar,
inicialmente, na produção de máscaras de proteção contra a Covid-19. As
máscaras serão doadas a diversas instituições sem fins lucrativos,
secretarias municipais de saúde população carente. Após a pandemia,
serão confeccionados uniformes para o sistema penitenciário estadual,
que serão adquiridos pela SEAP.
O
projeto tem a finalidade de estimular o desenvolvimento, nos
recuperandos, de sentimentos de solidariedade e amor ao próximo,
promover a capacitação e a ocupação dos internos durante a suspensão das
visitas familiares presenciais e atividades educativas e sociais.
Junto
com a campanha, a AVSI e a FBAC pretendem fortalecer e expandir a
metodologia APAC, modelo comprovadamente eficaz para ressocialização de
apenados e a redução da reincidência no crime, que tem sete unidades
instaladas nos municípios de São Luís, Imperatriz, Pedreiras, Timon,
Itapecuru-Mirim, Bacabal e Viana.
PROGRAMAÇÃO -
Nos três meses da campanha, serão desenvolvidas diversas ações, que
incluem a sensibilização da sociedade para a importância do combate à
tortura e aos maus-tratos no sistema prisional, no sentido de que a
prisão seja vista como uma oportunidade de regeneração do ser humano e a
promoção da metodologia APAC como alternativa viável à execução penal,
disseminando a sua metodologia e resultados práticos e a reflexão sobre
as políticas criminais e penitenciárias aplicadas no Brasil e na América
Latina, com base nas legislações internacionais, como as Regras de
Mandela e o Protocolo de Istambul.
A
programação inclui a realização de palestras ao vivo nas redes sociais,
mediadas por magistrados, com especialistas da área e representantes
das instituições parceiras, entrevistas e a publicação de peças
publicitárias sobre o projeto nos meios de comunicação social.

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