Para os brasileiros, ainda parece uma realidade distante, mas países ao redor do mundo vêm mostrando que com boas políticas de prevenção e avanço da vacinação, voltar a viver como antes da pandemia da Covid-19 é possível. Shows sem distanciamento e uso de máscaras já são realidade em nações como Austrália e Nova Zelândia. Nos Estados Unidos, a proteção fácil não é mais obrigatória. E há diversos outros exemplos, segundo Natasha de Caiado Castro, especialista em inteligência de mercado e fundadora da consultoria Wish International, que mostram volta à normalidade e dão um aviso: o futuro pode estar logo ali:
"Os países estão buscando formas seguras de retomar a vida e esses experimentos, de eventos ao redor do planeta que vão dando certo, mostram que a recuperação da economia como um todo, mas especialmente do setor de turismo, um dos mais impactados com as medidas contra a Covid-19, é possível. Não há apenas shows e festivais, mas feiras e congressos que serão fundamentais para a retomada de negócios e a troca de experiências dos agentes, como agências de viagens, hotelaria e aviação", comenta a especialista.
Turismo: cenário ainda indefinido, mas há progresso
Para os turistas internacionais, há poucas definições, principalmente em relação à entrada em países europeus. Até agora, sabe-se que um passaporte eletrônico, para cidadãos, contendo informações sobre vacinação e testagem, poderá ser usado pelos países membros a partir de 1 de julho (a adesão depende da decisão de cada nação). Mas outros detalhes, como quais vacinas serão aceitas, ainda não foram definidos. Para os brasileiros, Europa e Estados Unidos continuam possibilidade distantes, por conta do alto número de casos e mortes por aqui e um ritmo ainda lento de vacinação.
Segundo semestre: a retomada de eventos em todas as áreas
O segundo semestre de 2021 será marcado pela retomada de eventos que foram adiados em 2020. O mais esperado deles, com certeza, são as Olimpíadas de Tóquio. Os organizadores decidirão sobre a presença ou não de público nos estádios e arenas apenas um mês antes do início da competição. Aliás, o setor esportivo também já entrou nesse período de transição que o mundo está passando. Nos Estados Unidos, por exemplo, os jogos da Liga Nacional de Basquete (NBA) já tem público presente - ano passado, o torneio foi disputado em uma área totalmente isolada dentro do complexo de parques da Disney, sem fãs, claro.
Outro evento esportivo que está aos poucos se abrindo e testando o retorno à rotina pré-pandemia é o futebol europeu. A Eurocopa, que reúne as principais seleções nacionais do continente, terá estádios com público reduzido, mas não vazios: 25% da capacidade nas arenas aprovadas pela UEFA. Uma delas é a de Roma, onde acontecerá a abertura do campeonato, no dia 11 de junho. A final será exatamente um mês depois.
Em Copenhagen, o World Pride, evento LGBT+ bianual, que ocorre em sedes diferentes em cada edição, também está confirmado. O evento mostra bem como está funcionando o período de transição para a volta ao normal. As atrações, debates e demais apresentações funcionarão de forma híbrida: parte online, acessível para todo o planeta, e parte presencial - para quem puder (e for autorizado) a estar na cidade no período de 12 a 21 de agosto.
Ao ar livre: tranquilidade
Nos Estados Unidos, onde a obrigatoriedade de uso de máscara já não existe, festivais, shows e eventos ao ar livre estão liberados sem grandes restrições. Um dos mais aguardados é o Lollapalooza, adiado três vezes no Brasil, mas que foi confirmado em Chicago, entre os dias 29 de julho e 1º de agosto. Só será permitida a entrada de pessoas com comprovante de vacinação ou com teste negativo de Covid, feito até 24 horas antes de cada dia de show. Atrações como Foo Fighters, Post Malone, Tyler, The Creator, Miley Cyrus e o DJ brasileiro Vintage Culture foram confirmadas.
Nos EUA, a vacinação já está autorizada para todas as pessoas a partir dos 12 anos, e a previsão é de que até o início de julho, 70% da população esteja vacinada - antes do famoso festival começar. Natasha, que mora no país, vê o avanço no seu dia a dia e torce para que a volta ao normal chegue em outros locais do mundo:
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