A Polícia Federal identificou que o ex-presidente Jair Bolsonaro utilizou listas de transmissão no WhatsApp para enviar mensagens a aliados, mesmo após decisão do ministro Alexandre de Moraes que o proibia de usar redes sociais.
O relatório faz parte do inquérito que levou a um novo indiciamento de Bolsonaro por obstrução de Justiça no caso do golpe de Estado. Segundo a PF, 396 contatos receberam conteúdos disparados a partir do celular apreendido com ele.
Entre os nomes estão maranhenses como o ex-senador Roberto Rocha, o deputado estadual Dr. Yglésio, o vice-presidente do PL São Luís Filipe Arnon e o blogueiro Francisco Mello.
As listas, organizadas como “Deputados”, “Senadores”, “Outros” e “Outros 2”, também incluíam ex-ministros, como Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni, além dos filhos Flávio e Eduardo Bolsonaro. Para a PF, as mensagens mostram disparos em massa e descumprimento das medidas cautelares impostas pelo Supremo.
O ministro Alexandre de Moraes deu prazo de 48 horas para que a defesa de Bolsonaro se manifeste sobre as violações. Em nota, os advogados afirmaram ter sido surpreendidos com o novo indiciamento.
O deputado Dr. Yglésio comentou o fato com ironia.
“Olha, pra mim isso é uma alegria, fazer parte da lista de transmissão do melhor presidente que o Brasil já teve, que hoje é vítima de perseguição. Ruim seria estar na lista da Odebrecht, onde até ministro do STF já apareceu, como o Flávio Dino”, disse.
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