O avião que transportava o time da Chapecoense a Medellín
caiu na noite de segunda-feira por “falhas elétricas”, no noroeste da
Colômbia, onde o time catarinense disputaria a primeira partida da final
da Copa Sul-Americana.
O jogo contra o Atlético Nacional foi cancelado pela Confederação Sul-Americana.
As autoridades anunciaram pelo menos seis sobreviventes, mas a
imprensa cita um número maior de sobreviventes, incluindo jogadores da
equipe de Santa Catarina.
Um jogador de 25 anos sobreviveu ao acidente, afirmou o prefeito do
município de La Ceja, Elkin Ospina, que no entanto não divulgou a
identidade do atleta.
“Confirmado, a aeronave com matrícula CP2933 transportava a equipe
@ChapecoenseReal”, explicou o aeroporto José María Córdova de Rionegro,
que serve a cidade de Medellín, no Twitter.
“A polícia nacional chegou ao local (do acidente) e está mobilizando
toda a ajuda possível”, postou o aeroporto poucos minutos depois,
explicando que o acidente ocorreu devido a uma “falha elétrica”
De acordo como a mesma fonte, o avião transportava nove tripulantes e
72 passageiros, entre eles os jogadores do clube brasileiro.
“A informação que temos é de que a aeronave foi reportada como
desaparecida às 21h30 (23h30 de Brasília) e o acidente foi registrado a
cerca de 22h34 (23h34)”, informou à AFP um porta-voz da Aviação Civil.
O avião da empresa Lamia saiu do aeroporto de Guarulhos, em São
Paulo, fez uma escala em Santa Cruz de la Sierra, na Bolíviar e o
acidente ocorreu na localidade Cerro Gordo, município de La Unión, na
região de Antióquia, explicou a Direção dos Bombeiros da Colômbia em uma
mensagem postada nas redes sociais.
O acesso ao local, a 50 quilômetros de Medellín, só pode ser feito
por terra devido “às condições climáticas”, acrescentou o aeroporto.
A diretoria da Chapecoense divulgou um comunicado sobre o acidente.
“Em função do desencontro das notícias que chegam das mais diversas
fontes jornalisticas, dando conta de um acidente com a aeronave que
transportava a delegação da Chapecoense, a Associação Chapecoense de
Futebol, através de seu vice-presidente Ivan Tozzo, reserva-se o direito
de aguardar o pronunciamento oficial da autoridade aérea colombiana, a
fim de emitir qualquer nota oficial sobre o acidente. Que Deus esteja
com nossos atletas, dirigentes, jornalistas e demais convidados que
estão junto com a delegação”.
A Aviação Civil da Colômbia explicou em um comunicado ter instalado
um posto de comando unificado no aeroporto José María Córdova para
cuidar da situação.
Conmebol suspende atividades
A prefeitura de Medellín ativou sua rede hospitalar e mandou
funcionários do Departamento Administrativo de Gestão de Risco de
Desastres ao local”, anunciou no Twitter o prefeito Federico Gutiérrez.
A Chapecoense viajava à Colômbia para enfrentar na quarta-feira o
Atlético Nacional, atual campeão da Copa Libertadores da América, na
partida de ida da final da Copa Sul-Americana, no estádio Atanasio
Girardot.
Mas a Conmebol suspendeu oficialmente a final da Copa Sul-Americana
após o acidente com o avião que transportava a equipe da Chapecoense.
“Todas as atividades da Confederação (Sul-Americana de Futebol) estão suspensas até novo aviso”, afirma um comunicado.
Uma fonte da Conmebol explicou à AFP que isto significa a suspensão
da “partida de ida da final da Sul-Americana entre Atlético Nacional da
Colômbia e Chapecoense e o congresso da entidade que aconteceria na
quarta-feira em Montevidéu”.
O adversário do time catarinense manifestou sua solidariedade nas
redes sociais. “Nacional lamenta profundamente e se solidariza com
@chapecoensereal pelo acidente ocorrido e espera informações das
autoridades”, publicou o clube no Twitter.
Clube fundado em 1973, a Chape fez história ao se classificar para a
decisão da Sul-Americana logo na sua segunda participação a uma
competição internacional.
O ‘Verdão do Oeste’, que disputa a Série A do Brasileirão desde 2013,
eliminou gigantes do futebol argentino, como o Independiente,
recordista de títulos na Libertadores (7), nas oitavas de final, e o San
Lorenzo, campeão continental em 2014, nas semifinais.
Tragédias aéreas já marcaram a história do futebol, com acidentes
como o de Superga, que dizimou a equipe do Torino, em 1949, e a quedado
avião do Manchester United perto de Munique, em 1958.
Fonte: Istoé