Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça, Flávio Dino, vai dar uma breve pausa em sua campanha pela vaga na Corte e embarca nesta terça-feira para o Maranhão, onde participa de evento do governo do estado à noite e do Ministério Público no dia seguinte. Dino já foi governador da unidade da federação por dois mandatos.
Desde que foi indicado, na última segunda-feira, Dino deu início a um intenso corpo a corpo no Senado, onde precisa ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, depois, aprovado pelo Senado.
O breve hiato de Dino no périplo junto aos senadores se dará em razão da participação do ministro da Justiça na 13ª edição do Congresso Estadual do Ministério Público do Maranhão, evento para o qual sua presença já estava confirmada desde meados de setembro. Dino fará a conferência inaugural do evento, ao lado do procurador-geral de justiça do estado, Eduardo Nicolau.
O congresso do MP maranhense tem como tema “O Ministério Público na construção de caminhos para resolutividade, cidadania em redes e inovações sociais”. A palestra de encerramento será feita pela ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge.
Na mesma quarta-feira, à tarde, Dino já estará de volta à capital federal para continuar com a agenda junto aos senadores e cumprir os compromissos à frente da Justiça.
Levantamento feito pelo GLOBO com todos os 81 parlamentares da Casa aponta para um placar provavelmente apertado na votação, mas que o nome de Dino já tem a metade do apoio necessário para ter sua indicação referendada. Isto porque 24 senadores informaram que votarão a favor, enquanto 36 ainda não se definiram. Por ser uma votação secreta, a expectativa é de que a maioria desses parlamentares que afirmaram não saber como se posicionarão (19) ou não responderam o questionamento (17) migrem para a base de apoio.
Dino vem fazendo reuniões com lideranças e procurou os gabinetes de todos os 81 senadores para conversas. Um dos principais desafios do ministro é angariar votos da oposição, especialmente de senadores bolsonaristas. O PL, de Jair Bolsonaro, é o partido que oferece maior resistência. Dos 12 senadores procurados pelo jornal, nove declararam votos contrários a ele.
Fonte: O Globo
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