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Foto Reprodução |
O procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, participou
nesta semana, no Tribunal de Contas do Estado (TCE), de uma
reunião com representantes da Federação dos Municípios do Estado do
Maranhão (Famem). O objetivo era tratar da aplicação dos recursos devidos aos municípios maranhenses, provenientes da sentença condenatória que versa sobre a complementação do Fundef.
O
Fundef foi substituído pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos profissionais da Educação (Fundeb) e
é composto por recursos de cada estado e complementado pela União nos
casos em que não alcance o valor mínimo previsto nacionalmente.
Participaram
da reunião, o presidente do TCE, Caldas Furtado; a representante do
Ministério Público de Contas, Flávia Gonzalez; a coordenadora do Centro
de Apoio Operacional de Defesa da Educação (CAOp) em exercício, Érica
Beckman; o diretor da Secretaria para Assuntos Institucionais do MPMA,
Marco Antonio Santos Amorim; o presidente da Famem e prefeito de Tuntum,
Cleomar Tema; representantes do setor jurídico do TCE e Famem; e
prefeitos de cinco municípios do Maranhão: Codó, Tutóia, Anapurus,
Gonçalves Dias e Tuntum.
A
reunião foi solicitada pela Famem, que pede que os valores referentes
aos precatórios não sejam aplicados 100% na educação, por considerar o
valor alto. De acordo, com a Famem, os prefeitos querem aplicar por
exemplo 30% na educação, 20% na saúde e o restante de acordo com as
necessidades de cada município, por entender que como é uma ação
judicial indenizatória e não voluntária, é possível fazer a aplicação
dos recursos desta forma. A preocupação dos prefeitos em trazer a
discussão para o TCE é, dentre outras, evitar problemas com a prestação
de contas no próximo ano.
Os
recursos provenientes dos processos que se encontram em fase de
precatórios giram em torno de R$ 224 milhões de reais, a serem divididos
inicialmente para 12 municípios. A divisão dos recursos será feita de
forma relacionada com a quantidade de estudantes matriculados na rede
municipal.
O
procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga disse que a Rede de Controle
vai se reunir para discutir o assunto e tomar uma decisão. Mas reforçou
que a Rede “está aberta ao diálogo e que será preciso se reunirem para
analisar legalmente o pedido. O entendimento deverá ser unificado.
Agiremos sempre pautados na legalidade”.
Para
a coordenadora do CAOp, o pedido da Famem “é uma situação que tem que
ser analisada com muito cuidado. Esses recursos refletem uma
oportunidade de revolucionar a educação no Maranhão, reverter os nossos
índices que ainda são muito baixos. Infelizmente no nosso estado ainda
existem escolas de taipa, transporte escolar de pau de arara, escolas
multi seriadas”, ponderou Érica Beckman.
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