Apesar da convivência antiga com o homem, os incêndios florestais são
eventos que ainda provocam enormes prejuízos em todo o mundo. No
Brasil, em especial na região Amazônica, os estragos deixados pelos
avanços das queimadas comprometem a sustentabilidade de todo um rico
ecossistema, atingindo diretamente as comunidades próximas e gerando
outros grandes danos em todo o planeta.
Nosso país é considerado um dos mais ricos em biodiversidade,
contudo, existem animais presentes na Amazônia Legal que podem ser
extintos em poucas décadas em decorrência do avanço do fogo. Com uma
grande variação de habitats, a Amazônia acaba por abrigar uma infinidade
de espécies vegetais e animais. Até o momento, estudiosos já
contabilizaram pelo menos 40.000 espécies de plantas, 3.000 de peixes,
1294 de aves, 427 de mamíferos, 428 de anfíbios e 378 de répteis na
região.
Com o objetivo de proteger tamanha riqueza brasileira, desde 2016 vem
se materializando uma verdadeira força tarefa entre os estados que
compõem a Amazônia Legal. Através de uma iniciativa dos comandantes dos
Corpos de Bombeiros dos estados do Amazonas, Amapá, Acre, Maranhão, Mato
Grosso, Pará, Roraima e Tocantins, foi criado o Comitê de Proteção à
Amazônia Legal (COPAL), que busca a integração dos organismos federais,
estaduais, municipais, privados e ONG’s para o melhor emprego,
compartilhamento e otimização de recursos em prol da segurança ambiental
da Amazônia.
Além das atividades de coordenação, execução, monitoramento e
preservação do Bioma Amazônico, o COPAL tem como meta o fortalecimento
dos Corpos de Bombeiros Militares da Amazônia Legal no que diz respeito à
aplicação de recursos humanos, equipamentos de combate a incêndios
florestais, logística e mobilização de militares para o desempenho das
missões.
Essa reorganização dos estados tem rendido frutos de grande valia em
defesa da Amazônia. Na última quinta-feira (14), em mais uma reunião dos
comandantes do COPAL, desta vez no estado do Rio de Janeiro, na sede do
BNDES, mais um importante passo foi dado no sentido desse
fortalecimento, já que o Maranhão garantiu que importantes recursos do
fundo de investimentos do BNDES sejam aplicados em benefício do
reaparelhamento do Corpo de Bombeiros em 2018.
“Nesta importante reunião, acabamos de receber o aval para a inserção
do Maranhão e mais outros três estados, que também não haviam sido
contemplados pelo programa de investimentos do BNDES. Já no início de
2018, apresentaremos o projeto de reaparelhamento, que sem dúvidas será o
início de um novo momento, que marcará uma era de significativos
avanços em nossa Corporação”, afirmou com entusiasmo o Coronel QOCBM
Célio Roberto, Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do
Maranhão.
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