A presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco,
reuniu-se nesta segunda-feira, 29, com o juiz de Direito, Douglas de
Melo Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da
Capital, para tratar de sobre a Ação Civil Pública
ajuizada pelo Ministério Público, que requer a convocação dos aprovados
no último concurso público realizado pela Prefeitura de São Luís, em
2016. Uma comissão de professores aprovados no certame também participou
do diálogo.
Segundo o Sindeducação, a Prefeitura de São Luís ofertou 822 vagas,
metade do déficit da Rede Pública Municipal, e até o momento não
convocou nem 30% dos aprovados no concurso público.
A professora Elaine Fonseca, presidente da Comissão de Aprovados no
concurso da Secretaria Municipal de Educação – SEMED, denunciou ao
magistrado, a manutenção de aproximadamente 600 professores seletivados
no quadro de pessoal da Prefeitura, mesmo com orientação
em contrário dada pelo MP e Judiciário, e com professores aprovados no
concurso à disposição da Administração Pública. “O município tem a sua
disposição, centenas de professores aprovados no concurso público, no
entanto, insiste em manter trabalhadores contratados
que já ocupam as vagas no quadro de pessoal há quase cinco anos”,
frisou a aprovada.
“Os contratados continuam alocados nas vagas que deveriam ser dos
aprovados, mas a Prefeitura mantêm os contratados por pagar salários
menores e por questões político-partidárias”, finalizou Elaine.
A professora Elisabeth Castelo Branco explicitou ao juiz, que a
situação da Educação Pública de São Luís não está nada fácil com o
número insuficiente de professores nas escolas. “Professores
sobrecarregados, salas de aulas pequenas e sem padrão com mais
de 35 alunos/sala, estruturas precárias, e omissão do Poder Público em
todos esses problemas”, pontuou a sindicalista.
“De um lado existe déficit no quadro de professores da rede
municipal, do outro, dezenas de escolas caindo na cabeça de educadores e
crianças; creches prontas desde 2018 sem funcionar; crianças sem
escolas porque a Matrícula Online excluiu as famílias sem
acesso à Internet; ou seja, o caos está instalado na Educação
municipal”, relatou a presidente do sindicato.
A sindicalista aproveitou a oportunidade para relatar,
especificamente, o caso das creches municipais, em especial, as creches
Chácara Brasil e Cidade Operária, que receberam verbas federais para
compra de toda a mobília, mas até o momento estão sem funcionar;
e da Eleição dos Gestores Escolares da Rede Pública.
O juiz Douglas Martins falou sobre o trâmite do processo. Disse que a
Justiça solicitou informações ao Município de São Luís, e somente após o
fim do prazo para manifestação, é que o processo estará pronto para
julgamento. “Solicitamos informações do município,
e estamos aguardando, tanto a resposta quanto o fim do prazo, para
julgarmos a ação”, explicou o magistrado.
ENTENDA – A Prefeitura de São Luís assinou um Termo de Ajustamento de
Conduta – TAC, em 2015, perante o MP, para realizar concurso público
para preenchimento das quase 2 mil vagas em aberto. Lançou edital de
Concurso Público com 822, e até agora, convocou
apenas 30% dos aprovados. Uma Ação Civil Pública ajuizada pelo MP cobra
a convocação de todos os aprovados dentro do número de vagas.
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