domingo, 9 de junho de 2019

Relatório da CGU indica desvios que chegam a 4 milhões na gestão Natalino Salgado


Natalino Salgado (ex-reitor da UFMA), terá que aposentar-se compulsoriamente aos 75 anos, ou seja, daqui a 1 ano e meio. Professor que recebe salário que chega a cerca de 30 mil mensais, Natalino Salgado, homem de velhas práticas políticas, que aprendeu e ensina suas pupilas a misturar o público com o privado, terá que prestar contas à Controladoria Geral da União.

Nesta semana, a CGU divulgou extenso relatório que trata de quatro obras:

1. Recuperação da malha viária do Campus do Bacanga;
2. Construção do Prédio do Centro Pedagógico Paulo Freire;
3. Construção do Prédio do Centro de Convenções da Universidade Federal do Maranhão - UFMA;
4. Construção do edifício da Biblioteca Central da UFMA.
(Link para relatório: https://auditoria.cgu.gov.br/download/10037.pdf)

As páginas 171 e 172 do relatório da CGU indicam os seguintes desvios:

1. Biblioteca Central: Superfaturamento de R$ 945.101,74 e superestimativa no valor de R$ 1.078.141,95.
2. Prédio do Centro Pedagógico Paulo Freire: R$ 318.832,25.
3. Centro de Convenções: R$ 1.878.995,25.

O caso é simples, e as práticas de Natalino são facilmente identificadas: o ex-reitor tinha o costume de pagar as construtoras antecipadamente, ou seja, depositava milhões nas contas das empresas sem ter nenhuma garantia de que a obra seria entregue no prazo contratado. Detalhe: Tudo era capitaneado pelo prefeito do campus à época, hoje proprietário de 3 sorveterias artesanais, sendo duas nos shoppings e uma no renascença (Ficha salarial do ex-prefeito de campus, aqui http://www.portaltransparencia.gov.br/servidores/8904034). Perguntar não ofende: “O que está por trás desse adiantamento de depósitos às construtoras?”

Em matéria divulgada em abril, no site da UFMA, (http://portais.ufma.br/PortalUfma/paginas/noticias/noticia.jsf?id=53990), percebe-se o descalabro e a falta de cuidado com a coisa pública.

No caso da Biblioteca Central, Natalino Salgado, pagou 95% da obra, mas apenas 60% dela foi concluída. A obra foi iniciada em 27 de outubro de 2010, com previsão de entrega em 2013, porém a construtora abandonou a obra em 25 de setembro de 2015.

A comunidade maranhense e brasileira quer saber: Natalino, cadê os 4 milhões das obras da sua gestão?

Entenda melhor a história

Natalino Salgado, homem de hábitos antigos, nasceu no ano de 1946, na cidade de Cururupu, litoral ocidental maranhense. Hoje, a poucos dias de completar 73 anos de idade, tenta, a todo custo, voltar ao cargo de reitor da Universidade Federal do Maranhão para fazer uma gestão de apenas um ano e seis meses.

Em total desespero, após lançar sua candidatura e de mais quatro candidatos a vice-reitor num único evento esvaziado (que começaria às 8 da manhã e só conseguiu começar às 10h30 por absoluta falta de público), atira para todos os lados, usando seus jagunços modernos.

Natalino fez e faz uso do conceito de Coronelismo, lançado em 1948, pelo pesquisador Victor Nunes Leal, em sua obra “Coronelismo, enxada e voto”, cuja origem do poder, segundo o autor, vinha tanto da riqueza, quanto da troca de favores (clientelismo no HU) com amigos para bancar gastos eleitorais. Ainda segundo Leal, havia uma verdadeira mistura entre o público e o privado (uso ilegal de recurso e espaço público e de veículo oficial). Dessa forma, Natalino implantou, em sua gestão à frente da UFMA, um novo conceito conhecido como “Coronelismo acadêmico”, que busca exclusivamente sua perpetuação no poder.

É ou não é coincidência o que foi narrado acima?

Nenhum comentário:

Postar um comentário