terça-feira, 13 de agosto de 2019

Em entrevista, Carlos Lula fala do modelo SUS no Brasil


O Secretário Estadual de Saúde, Carlos Lula, concedeu uma entrevista na manhã desta terça-feira (13), a Rádio Difusora FM. Na oportunidade, entre vários assuntos abordados, destaque para o Sistema Único de Saúde.

Carlos Lula fez um panorama geral sobre a prestação do serviço por meio do SUS no país e a atenção que vem sendo dada pelo governo federal, o secretário é um profundo conhecedor do assunto, tanto que tem um livro publicado que fala sobre o SUS. A pouca disponibilidade de verbas é o que vem mais interferindo negativamente no trabalho que é desenvolvido pelo país por meio do Sistema Único de Saúde na prestação de serviços na área da saúde à população.

O Ministério da Saúde atualmente repassa por ano R$ 157 pelo SUS por cada maranhense, ou seja, cerca de R$ 13 por mês. O valor chega a ser um deboche. É desrespeitoso para com a população maranhense. Com esse valor daria para o pagamento de apenas uma refeição, em um único dia, por exemplo.

"O SUS é subfinanciado. É um exemplo bom, um sistema público universal de saúde, tem pontos relevantes, muito positivos, como são os casos da vacinação e o setor de transplantes, são referências no Maranhão. O problema é o recurso que está sendo disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde, muito abaixo do mínimo para um atendimento digno e de qualidade ao povo brasileiro", explicou o secretário Carlos Lula.


Ainda na entrevista, Carlos Lula lembrou que o Maranhão teve um processo de expansão de unidades de saúde e da atenção que é dada a população maranhense. Algo nunca visto e sentido pelo povo do Maranhão antes de 2015. Nós últimos quatro anos, o estado passou por uma revolução na área da saúde.

"Falta ainda dar um retorno muitas vezes satisfatório para população por falta de verba. O estado com toda dificuldade não abandona as pessoas. O governo mantém todos os dez hospitais de Alta Complexidade existentes no Maranhão. Por mês cada hospital desse compromete R$ 4 milhões, ou seja, um custeio mensal, só para os Hospitais de Alta Complexidade no Maranhão de R$ 40 milhões, isso tudo arcado com recursos do governo do estado", reforçou o secretário.

DE MAL A PIOR 

Os estados brasileiros vão ter de esperar mais um pouco para normalizar os estoques de soro contra picadas de cobra, de escorpiões e contra a exposição ao vírus da raiva. O Ministério da Saúde tem informado que a produção de soros não tem sido suficiente no país e culpou os laboratórios produtores. O problema se arrasta desde 2015 e, pelos últimos acontecimentos, não deve melhorar até 2020. O próximo envio de estoque deve acontecer no final do ano. Até lá é rezar para nenhum surto. De calamidade basta esse governo desastroso.

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