quarta-feira, 25 de março de 2020

Bolsonaro faz pronunciamento em rede nacional e é alvo de mais um panelaço


presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez pronunciamento em rede nacional nesta terça-feira, 24, e voltou a ser alvo de panelaços em ao menos nove grandes cidades do País: São PauloBrasíliaCuritibaSalvadorRio de JaneiroRecifeBelo HorizonteFortalezaPorto Alegre. Os protestos começaram com mais intensidade a partir das 20h30, quando o presidente deu início ao discurso. 

Em pronunciamento, Bolsonaro criticou o fechamento de escolas e voltou a citar a cloroquina, remédio que ainda não tem a eficácia contra o coronavírus confirmada.
Grande parte de sua fala foi para atacar a imprensa por "espalhar o pavor" do novo coronavírus no País. Mesmo com a recusa em mostrar os exames que apontariam negativo para a doença, o presidente disse também que, pelo seu histórico de atleta, nada sentiria se fosse acometido pela covid-19.
Além de ter completado 65 anos no último sábado e fazer parte do grupo de risco da enfermidade, Bolsonaro viajou com ao menos 22 pessoas que receberam diagnóstico positivo para a doença.

Segundo ele, “grande parte dos meios de comunicação foram (sic) na contramão e espalharam (sic) exatamente a sensação de pavor, tendo como carro chefe o anúncio do grande número de vítimas na Itália”. E justificou. “Um país com grande número de idosos e com um clima totalmente diferente do nosso.”
Para ele, o cenário potencializado pela mídia foi “perfeito” para que uma "verdadeira histeria se espalhasse” no Brasil. “Contudo, percebe-se que de ontem para hoje parte da imprensa mudou seu editorial. Pede calma e tranquilidade. Isso é muito bom. Parabéns imprensa brasileira, é essencial que o equilíbrio e a verdade prevaleçam entre nós”, disse.
Bolsonaro avaliou que o coronavírus “em brevemente passará (sic)” e pregou o fim de restrições impostas por estados, mesmo com recomendação contrária do Ministério da Saúde. “Nossa vida tem que continuar, os empregos devem ser mantidos o sustento das famílias deve ser preservado. Devemos, sim, voltar à normalidade. Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada. A proibição de transportes, o fechamento de comercio e o confinamento em massa”.
FONTE: Estadão

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