sexta-feira, 17 de abril de 2020

Novo ministro da Saúde já propôs escolha entre tratar adolescente ou idosa com doença crônica

BRASÍLIA – Escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para suceder a Luiz Henrique Mandetta (DEM) como ministro da Saúde, o oncologista Nelson Teich afirmou no ano passado que, na gestão do sistema de atendimentos, é preciso fazer escolhas. Como exemplo, Teich questionou em quem vale investir: uma idosa, com doença crônica e complicações, ou um jovem que tem “a vida inteira pela frente”.

“Como você tem o dinheiro limitado. Você vai ter de fazer escolhas. Vai ter de definir onde vai investir. Eu tenho uma pessoa mais idosa, que tem doença crônica, avançada. E ela tem uma complicação. Para ela melhorar, eu vou gastar praticamente o mesmo dinheiro que vou gastar para investir num adolescente que está com problemas. Mesmo dinheiro que vou investir. É igual. Só que essa pessoa é um adolescente, que tem a vida inteira pela frente. A outra é uma pessoa idosa, que pode estar no final da vida. Qual vai ser a escolha?”, disse Teich, sem concluir.

Na mesma fala em que propôs escolher tratar uma idosa ou um adolescente, Teich disse que há dois pontos “importantíssimos” na gestão da saúde. “O dinheiro é limitado e você tem de trabalhar com essa realidade. A segunda coisa, as escolhas são inevitáveis. Quais vão ser as escolhas que você vai fazer? Depois que você tem esse conhecimento de quanto dinheiro você tem e qual a necessidade que você tem de sanar, aí você aloca esse dinheiro”, disse.

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