Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro tiveram nesta 2ª feira (25.mai.2020) o dobro do espaço que habitualmente é destinado a eles na saída do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. Desta vez, ficaram em 2 “cercadinhos” –1 ao lado da imprensa e outro à frente.
O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) costuma permitir a entrada de aproximadamente 30 pessoas. Havia cerca de 60 na manhã desta 2ª feira. Os apoiadores se dividiram em 2 grupos.
Bolsonaro não conversou com a imprensa. Ele disse que só voltaria a falar com os jornalistas quando tivessem “compromisso com a verdade”. “O dia que vocês tiverem compromisso com a verdade eu falo com vocês de novo, está ok”, disse.
Depois que o presidente foi embora, o grupo de apoiadores que estava do outro lado da rua andou livremente até a frente da área destinada à imprensa. De lá, hostilizaram os profissionais, junto com o grupo que já estava posicionado ao lado dos repórteres (como ocorre diariamente).
Os apoiadores fizeram gestos obscenos aos jornalistas e os chamaram, por exemplo, de “safados”, “comunistas” e “comprados”. A TV Globo foi chamada de “lixo” pelas pessoas.
Os seguranças do GSI, que é comandado pelo ministro e general Augusto Heleno, levaram cerca de 5 minutos para pedir aos apoiadores que se retirassem do local.
Os repórteres foram embora do Alvorada juntos, para evitar agressões. Deixaram o local sendo xingados.
Um apoiador gritava que sentiria vergonha se tivesse parentes como os profissionais que trabalham na cobertura da Presidência.
Um grupo minoritário de apoiadores do presidente (composto por 6 pessoas), que estavam no estacionamento do Alvorada, mostrou solidariedade aos repórteres. Disseram que não concordavam com as atitudes do outros.
O Poder360 perguntou ao GSI se gostaria de se manifestar sobre o conteúdo desta reportagem. O espaço está aberto.
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