A explosão de casos de covid-19 no Brasil nas últimas semanas leva aqueles na linha de frente do combate à pandemia do novo coronavírus a passar por um dos piores cenários possíveis de sua profissão.
O grande fluxo de pacientes fez as unidades de tratamento intensivo (UTIs) atingirem níveis perigosamente altos de ocupação e, em alguns casos, chegarem à lotação máxima.
Muitas vezes, não há espaço para todos que precisam de atendimento, e os médicos precisam escolher quem vai para a UTI quando surge uma vaga.
Associações médicas criaram regras para orientar essa decisão
Para ajudar os médicos a tomarem essas decisões com base em critérios científicos e uniformes, associações médicas brasileiras criaram protocolos de triagem de atendimento em UTIs quando houver um colapso do sistema de saúde.
Um deles foi elaborado pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) em parceria com a Associação Brasileira de Medicina de Emergência, a Sociedade Brasileira de Gerontologia e a Academia Nacional de Cuidados Paliativos.
"Em uma situação de catástrofe, não queremos que essas escolhas sejam feitas em segredo, mas de forma clara e transparente, com critérios eticamente justificados e de acordo com o ordenamento jurídico e os valores brasileiros", afirma a médica Lara Kretzer, coordenadora da equipe responsável pelo protocolo divulgado neste mês pela Amib.
"Queremos trazer esse assunto para o debate público e prestar contas de como esse processo está acontecendo em vez de varrer tudo para debaixo do tapete."
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe) também elaborou seu próprio protocolo, que foi levado à público no final de abril.
FONTE: BBC News

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