No time dos militares escolhidos pelo general Eduardo Pazuello para reforçarem a equipe do Ministério da Saúde quase não há médicos. Além disso, parte deles se manifesta, pelas redes sociais, contrários ao isolamento social, a favor do uso da cloroquina e tece duras críticas a políticos e autoridades que questionam o governo Bolsonaro.
Nomeado para coordenar as finanças do Fundo Nacional de Saúde, o militar Giovani Camarão, não só questiona as medidas de restrição de circulação como chegou a postar um descumprimento da medida. Em 3 de abril, ele aparece em uma foto comemorando um aniversário e reunido com outras 16 pessoas. Um internauta chegou a alertar sobre a conduta: "Olha a aglomeração", escreveu. No entanto, Camarão apagou a postagem e bloqueou o Instagram horas depois.
Já o futuro diretor do Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS, Angelo Martins Denicoli, é defensor ferrenho do uso da cloroquina e chegou a disseminar uma fake news em 8 de abril, dizendo que "O CEO da Novartis anunciou que já tem em mãos os resultados de pesquisas que comprovam que a hidroxicloroquina mata o vírus". A publicação, que veio após os Estados Unidos emitir uma autorização do uso do medicamento de maneira emergencial, foi retirada de circulação.
Na segunda-feira (17), um dia antes de ser nomeado, Denicoli também postou um conteúdo informando que o presidente norte-americano, Donald Trump, admitiu fazer o uso da hidroxicloroquina com o objetivo de se prevenir contra o vírus. Agora, Trump informou que irá suspender a medicação. O militar também vincula discurso extremista e é constantemente marcado em publicações que atacam políticos e autoridades, sugerindo reações antidemocráticas, como a defesa do AI-5, ato mais duro decretado durante a ditadura militar.
FONTE: Correio Braziliense

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