A Operação Placebo em andamento no Rio de Janeiro e São Paulo nesta
terça-feira (26), estados comandados respectivamente por Wilson Witzel
(PSC) e João Dória (PSDB), está sendo vista com desconfiança por alguns
setores da sociedade e meios políticos.
Witzel e Dória se transformaram durante a pandemia, entre os governadores, dois dos principais adversários de Jair Bolsonaro.
O objetivo da Operação é investigar contratos para construção de
Hospitais de Campanha. Não há mandados de prisão, apenas buscas e
apreensões.
O presidente Jair Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada na manhã de hoje comemorou a operação no Rio e São Paulo.
“Parabéns à Polícia Federal. Fiquei sabendo agora pela mídia. Parabéns à Polícia Federal, tá ok?”, disse Bolsonaro.
A ação ocorre em meio o imbróglio, principalmente na Superintendência
da PF no Rio de Janeiro , e também após o ex-ministro da Justiça,
Sérgio Moro, dizer no programa Fantástico da Globo, no último domingo
(24), que o governo Bolsonaro não tem interesse em combate à corrupção.
Principal alvo da operação o governador do Rio, Wison Witezel, disse
que se há irregularidades no objeto da ação não tem participação dele.
Chamou de estranho a operação ser antecipada por uma deputada ligada ao
presidente, e que a interferência de Bolsonaro na Polícia Federal está
‘oficializada’.
“..Estranha-me e indigna o fato de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará (..) A interferência anunciada pelo presidente da república está devidamente oficializada..”, destacou Witezel.
O deputado federal, Márcio Jerry, vice-líder do PCdB na Câmara, nas
redes sociais disse que o Brasil conheceu ‘a nova porta voz’ da PF. Se
referindo à deputada Carla Zambelli, que ontem antecipou a operação
contra alguns governadores.
O Secretário de Saúde no Maranhão, Carlos Lula, na sua conta no twitter
chamou de “abjeto o uso, para fins políticos-eleitorais, instituições
tão relevantes”. O secretário utilizou o áudio da deputada federal,
Carla Zambelli (PSL-SP), uma especie de ‘relações públicas’ do governo
Bolsonaro, para corroborar sua desconfiança quanto utilização da PF para
fins nada republicanos.
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), considera grave o vazamento
da operação da PF feito pela aliada de Bolsonaro, a deputada federal
Carla Zambeli. De acordo com ele, a parlamentar bolsonaristta precisa
ser investigada e explicar no Congresso o que está acontecendo.
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