A pandemia do novo coronavírus estabeleceu um cenário extremamente
desafiador ao Brasil, que, anteriormente, já estava com grave
fragilidade econômica, com queda do PIB e desaceleração de geração de
empregos. Ciente disto, esta semana, por meio de documento oficial,
sugeri ao Presidente da República a realização de reunião com
governadores e entidades da sociedade civil para discutirmos um Pacto
Nacional pelo Emprego, integrado por ações imediatas visando à proteção
das empresas e dos trabalhadores.
Infelizmente, a reação do presidente Bolsonaro foi de ironizar o
tema, com mesmo desdém com o qual vem tratando outros assuntos
relevantes ao povo brasileiro, inclusive a perda de vidas humanas.
Constitucionalmente, entretanto, a política econômica é uma
responsabilidade do Governo Federal, por isto cabe a ele o
encaminhamento de soluções para enfrentamento das adversidades oriundas
da pandemia da Covid-19.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED),
divulgados esta semana pelo Ministério da Economia, revelaram a perda de
mais de 1 milhão de empregos no Brasil somente no primeiro semestre
deste ano. O IBGE, por outro lado, apontou fechamento de 700 mil
empresas em todo o país. São dados muito preocupantes, porque estamos
falando de milhões de famílias com seus sustentos ameaçados, produzindo
grave crise social, além da sanitária.
A responsabilidade no trato das questões sociais fez com que
traçássemos um caminho mais positivo aqui no Maranhão. A célere adoção
de medidas restritivas para combate ao coronavírus permitiu a retomada
gradual das atividades privadas ainda no mês de maio. Recusamos a
falácia da dicotomia entre saúde e economia, pregada por Bolsonaro, e
agimos com planejamento consciente, em todas as fases de combate à
COVID. Contamos com o apoio da sociedade na adoção das regras sanitárias
e, hoje, já temos quase 100% das atividades econômicas em pleno
funcionamento, mantidas as medidas de prevenção ainda necessárias.
Além do gerenciamento da questão sanitária, diretamente vinculada à
econômica, estamos executando um plano de apoio às empresas maranhenses,
com diversos benefícios fiscais: abatimento de juros e multas do ICMS,
novos parcelamentos e manutenção das reduções tributárias do Programa
Mais Empresas.
Em outra frente, batalhamos para manutenção de obras públicas, de
modo que temos cerca de R$ 2 bilhões de investimentos em andamento no
Maranhão, abrangendo a extraordinária expansão do Porto do Itaqui,
infraestrutura rodoviária, escolas dignas, novos hospitais, etc.
O resultado desta soma de esforços é que somos o Estado que, em
junho, ocupa o 1º lugar do Nordeste e 4º no Brasil em geração de
empregos. Ou seja, temos feito o dever de casa no Maranhão, mas
precisamos muito que o Brasil encontre um bom caminho. A ideia do Pacto
Nacional pelo Emprego está lançada e espero que homens e mulheres de boa
vontade nos ajudem nessa prioridade para a agenda do Brasil neste 2º
semestre.
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