quarta-feira, 16 de junho de 2021

São Paulo copia Seduc do Maranhão e anuncia projeto que garante absorvente íntimo para estudantes

A carência de acesso a produtos para uma boa higiene no período da menstruação é um dos problemas que afetam meninas de famílias com baixo poder aquisitivo em todo o Brasil. Para combater a chamada pobreza menstrual no Maranhão, o Governo do Estado distribuirá absorventes a estudantes da Rede Pública Estadual. A ação será realizada no âmbito da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e alcançará cerca de 150 mil meninas estudantes em todas as 19 Unidades Regionais de Educação.  


“Por determinação do governador Flávio Dino vamos combater esse problema que coloca em risco a saúde física e mental de meninas e causa a evasão escolar. Vamos enfrentar essa dificuldade com uma política pública séria, que irá melhorar a qualidade de vida de muitas meninas que não têm acesso a esse produto de higiene”, destacou o secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão. 

Camarão informou que a distribuição tomará como base o Censo Escolar e a estimativa é entre 150 a 160 mil meninas sejam beneficiadas com a distribuição mensal de absorventes. “Assim que retornarem as aulas híbridas, enviaremos às escolas, de acordo com o número de alunas, em cada uma, para que cada estudante receba a quantidade suficiente por mês”, explicou. 


Meninas perdem até 45 dias de aula por ano, segundo Secretário de Estado da Educação

governador do Estado de São Paulo, João Doria, anunciou, nesta segunda (14), que governo do estado de São Paulo vai distribuir absorventes à alunas de baixa renda das escolas da rede pública estadual a partir da criação do programa Dignidade Íntima

Em 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu o direito à higiene menstrual como uma questão de direito humano e a saúde pública por estimar que uma em cada dez mulheres sofrem com o impacto da pobreza menstrual no mundo.

As escolas da rede pública estadual atendem 1,3 milhão de meninas com idades menstruais, de 10 a 18 anos. O intuito do programa é atender todas essas mulheres, mas as em vulnerabilidade social, que somam mais de 500 mil, terão preferência.

Os investimentos iniciais destinados para o programa chegam a R$ 30 milhões, e a partir do mês de julho a pasta empenhada no projeto orientará as escolas, a fim de garantir a privacidade das estudantes.  

Doria fez uma publicação em suas redes sociais na qual disse “Mais uma conquista para as mulheres” e ainda pronunciou que as estudantes não podem perder oportunidades por estarem em situação de vulnerabilidade “Vulnerabilidade social não pode limitar oportunidades”.

O Secretário de Estado da Educação, Rossieli Soares, destacou que as estudantes perdem um número relativo de aulas por ano e que a causa deve ser tratada com cuidado “As alunas perdem até 45 dias de aula por causa do período menstrual. É um tema que precisa ser tratado com todo o cuidado para que essas alunas não sejam expostas”, disse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário