A carência de acesso a produtos para uma boa higiene no período da menstruação é um dos problemas que afetam meninas de famílias com baixo poder aquisitivo em todo o Brasil. Para combater a chamada pobreza menstrual no Maranhão, o Governo do Estado distribuirá absorventes a estudantes da Rede Pública Estadual. A ação será realizada no âmbito da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e alcançará cerca de 150 mil meninas estudantes em todas as 19 Unidades Regionais de Educação.
“Por determinação do governador Flávio Dino vamos combater esse problema que coloca em risco a saúde física e mental de meninas e causa a evasão escolar. Vamos enfrentar essa dificuldade com uma política pública séria, que irá melhorar a qualidade de vida de muitas meninas que não têm acesso a esse produto de higiene”, destacou o secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão.
Camarão informou que a distribuição tomará como base o Censo Escolar e a estimativa é entre 150 a 160 mil meninas sejam beneficiadas com a distribuição mensal de absorventes. “Assim que retornarem as aulas híbridas, enviaremos às escolas, de acordo com o número de alunas, em cada uma, para que cada estudante receba a quantidade suficiente por mês”, explicou.
Meninas perdem até 45 dias de aula por ano, segundo Secretário de Estado da Educação
O governador do Estado de São Paulo, João Doria, anunciou, nesta segunda (14), que governo do estado de São Paulo vai distribuir absorventes à alunas de baixa renda das escolas da rede pública estadual a partir da criação do programa Dignidade Íntima.
Em 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu o direito à higiene menstrual como uma questão de direito humano e a saúde pública por estimar que uma em cada dez mulheres sofrem com o impacto da pobreza menstrual no mundo.
As escolas da rede pública estadual atendem 1,3 milhão de meninas com idades menstruais, de 10 a 18 anos. O intuito do programa é atender todas essas mulheres, mas as em vulnerabilidade social, que somam mais de 500 mil, terão preferência.
Os investimentos iniciais destinados para o programa chegam a R$ 30 milhões, e a partir do mês de julho a pasta empenhada no projeto orientará as escolas, a fim de garantir a privacidade das estudantes.
Doria fez uma publicação em suas redes sociais na qual disse “Mais uma conquista para as mulheres” e ainda pronunciou que as estudantes não podem perder oportunidades por estarem em situação de vulnerabilidade “Vulnerabilidade social não pode limitar oportunidades”.
O Secretário de Estado da Educação, Rossieli Soares, destacou que as estudantes perdem um número relativo de aulas por ano e que a causa deve ser tratada com cuidado “As alunas perdem até 45 dias de aula por causa do período menstrual. É um tema que precisa ser tratado com todo o cuidado para que essas alunas não sejam expostas”, disse.


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