Carlos Augusto, de 43 anos, confessou à polícia nesta quinta-feira (15) que foi o autor do assassinato de sua esposa, Cristiane Costa, de 37 anos, na cidade de Viana, no Maranhão. Com a confissão, o estado chega agora ao 20º caso de feminicídio registrado em 2024.
Cristiane foi acordada pelo marido às 4h para ir a uma agência bancária na cidade, a fim de sacar o seguro defeso, que funciona como um benefício do INSS que paga pessoas que dependem exclusivamente da pesca de pequeno porte.
No caminho para a agência, a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) informou que o casal foi abordado por dois homens em uma moto, sendo que um deles segurava uma arma de fogo. Na ocasião, a dupla mandou Carlos correr, e Cristiane acabou sendo sequestrada.
Na primeira versão, o marido, após fazer o Boletim de Ocorrência, contou sobre o sequestro e, logo em seguida, a polícia partiu à procura de Cristiane Costa. Depois de algumas horas, o corpo da vítima foi encontrado sem vida e reconhecido por um irmão do marido.
Em seguida, o corpo de Cristiane foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) em São Luís. Até o momento, não se sabe as razões que levaram Carlos Augusto a cometer o crime.
A delegada Paula Victoria Feijó Lopes, titular da Delegacia Especial da Mulher de Viana, deu detalhes do interrogatório de Carlos Augusto, 43 anos, que matou a esposa e forjou o sequestro dela para encobrir o crime. Segundo a delegada, o casal vivia um relacionamento conturbado, com histórico de muitas brigas.
“Levantou-se preliminarmente que o casal não possuía uma boa relação, sendo de conhecimento de pessoas próximas discussões constantes, apesar de Cristiane não possuir medida protetiva vigente em face do companheiro”, relatou.
A titular da Delegacia Especial da Mulher contou ainda que a Polícia Civil refez o trajeto que o autor confesso do crime disse ter feito com a companheira ao registrar um Boletim de Ocorrência na primeira versão apresentada por ele à polícia.
O autor do crime confessou o crime e está preso preventivamente. Ainda segundo a delegada Paula Victoria Feijó Lopes, a Polícia Civil continua investigando o crime com intuito de esclarecer as circunstâncias em que a ação foi praticada.
Com informações da Difusora News
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