Hoje é um dia histórico. Acredito na manutenção de todos os grandes projetos em curso no Maranhão. Acredito nos investimentos já aplicados e nos que estão para serem entregues à população. Desafios que teremos e outros nós a desatar.
No meu livro, recentemente lançado, O SUS (S)EM NÓS, exponho a análise do nosso Governo, dos desafios superados e da dificuldade dessa nossa missão. O que algumas pessoas não entendem, ou custam entender, é que fazer um plano de saúde pública para todo o Maranhão exige reconhecimento dos vazios assistenciais e os diversos perfis da nossa população.
Não apenas isso, é preciso vencer décadas de retrocessos e desvios de funcionalidade. Isto é, no lugar de trabalhar a lógica da cura das doenças, precisamos atuar na promoção de saúde. Rompemos com o antigo sistema de saúde e nos voltamos a um modelo mais analítico, menos político.
Como compartilhei em muitos dos artigos, quando recebemos o sistema de saúde do Estado, ele se responsabilizava, direta ou indiretamente, por um número absurdo de hospitais, em sua grande maioria, de pequeno porte, sem qualquer tipo de comunicação. A principal característica do sistema fragmentado de saúde estava dada: um conjunto de pontos de atenção à saúde isolado e incomunicado uns dos outros, incapazes de prestar uma atenção contínua à população.
Não à toa, iniciamos o processo de regionalização da saúde. Os oito hospitais no interior – Pinheiro, Santa Inês, Chapadinha, Bacabal, Caxias, Colinas, Imperatriz e Balsas – dialogam com a rede de saúde nessas localidades. Evita o fluxo de pacientes para São Luís, ou cidades dos estados vizinhos, garante assistência de média e alta complexidades, não ofertados na rede municipal, evita a superlotação também destas unidades.
Não esqueçamos, contudo, do Hospital de Traumatologia e Ortopedia do Maranhão. Um ganho inédito, que diminuiu o tempo de espera por cirurgia nessas especialidades. A abertura da unidade, ano passado, nos permitiu um salto de 80 procedimentos mensais para pouco mais de 300, nosso alvo é chegar as 400 cirurgias mensais, nossa capacidade máxima nesta unidade.
De 2015 para 2018 tivemos um significativo crescimento no Maranhão. Feito de paredes, novos profissionais, serviços especializados, aumento no cuidado. Pergunte a quem esperou oito anos por uma cirurgia ortopédica. Ou para quem estava ficando cego em razão da catarata e conseguiu realizar o procedimento em Imperatriz, no nosso Macrorregional. Ou talvez para uma mãe ou pai ou responsável legal por uma criança com diagnóstico da síndrome congênita do Zika vírus, como ela poderia lidar com a reabilitação do seu filho sozinho? Sem o Projeto Ninar, sem a Casa de Apoio Ninar?
Este texto não seria artigo, mas um livro – já publicado - se tiver que listar cada um dos grandes investimentos que destacam o Maranhão no cenário nacional e internacional - queira você crer ou não, nossos projetos são alvo de pesquisa e estudo. Acontece que nossa missão não acaba aqui. Quanto mais estruturarmos este serviço público, maior será o acesso dos usuários ao SUS e, consequentemente, precisaremos de muitos investimentos – e este será o maior desafio dos próximos anos.
Junto aos nossos grandes hospitais projetamos as policlínicas para acesso a consultas especializadas. Como sempre dizemos, é a prevenção nosso melhor instrumento contra doenças graves que encarecem os gastos na saúde. Junto a isso, manteremos a Planificação da Atenção Primária, para que os municípios reorganizem e melhorem o atendimento dado aos usuários na principal porta de entrada no sistema de saúde.
Já que o Maranhão é nosso, juntos desataremos os nós. Manter esse planejamento, o que estamos construindo e tem dado certo, é uma decisão coletiva, decidida nas urnas. Certo é que tudo o que fizermos e fazemos é pelos maranhenses, é por todos nós. Nunca mais retroceder, aumentar nossa assistência e chegar aos quatro cantos do estado. Um sonho grandioso, possível, em construção desde 2015. Tenhamos boa-fé. Sigamos com trabalho e dedicação. O Maranhão deve continuar seguindo em frente.
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