Número insuficiente de professores
tem ocasionado sobrecarga de trabalho aos educadores que atuam na UEB
Tiradentes, Vila Maranhão. O Sindeducação foi acionado e reuniu
com os profissionais da escola para
tratar do direito a 1/3 de hora atividade, garantido pela Lei Federal
n° 11.738/2008, tempo em que o professor planeja as aulas a serem
lecionadas e aperfeiçoa a prática pedagógica.
Com o percentual reduzido de professores, há uma sobrecarga de trabalho para os poucos educadores lotados na escola. A situação poderia ser resolvida se a Prefeitura de São Luís convocasse pelo menos parte dos 822 professores
aprovados no último Concurso Público. O deficit da Rede de Ensino, segundo o Sindeducação, atinge 1.500 vagas.
A dirigente sindical, Nathália Karoline, explica que a jornada de
trabalho do professor é composta em dois terços de carga horária que
devem ser cumpridos em sala de aula; e o outro um terço restante, para
atividades pedagógicas extraclasse, para planejamento
e aperfeiçoamento da prática pedagógica. “Nessa visita, constatamos a
realidade da sobrecarga de trabalho para os educadores dessa escola.
Lamentável é ter quase 800 aprovados no concurso público aguardando a
convocação da Prefeitura, e nada até agora”, frisou.
O HPTC – Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo é uma conquista
garantida pela Lei Nacional do Piso, pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – LDB (9.394/1996), e previsto na Lei Municipal
4.931/2008 – Estatuto do Magistério. “O acúmulo de horas
trabalhadas resulta diretamente na redução do rendimento escolar tanto
de educadores, quanto de alunos”, relatou a diretora.
Lembrando que o último concurso da Prefeitura de São Luís para
professores expira no mês de junho. O Sindeducação já cobrou várias
vezes celeridade para que a SEMED resolvesse a carência de professores
na rede municipal e efetivar a lotação de concursados para
todas as vacâncias da rede, o mais rápido possível.
Para tentar reduzir os impactos desse problema, e não atingir mais ainda
os alunos, os professores da unidade fizeram uma divisão de horários,
mas aguardam posicionamento da SEMED para a resolução definitiva e legal
do problema. “Nós
acabamos nos sacrificando para tentar salvar o ano letivo dos alunos,
mas está muito difícil com a quantidade reduzida de professores que
somos”, lamentou uma das educadoras da escola.
Recentemente a Direção do Sindeducação esteve reunida com o promotor de
Justiça, Paulo Avelar, para tratar da convocação dos aprovados no último
concurso, frente às promessas vazias e o descaso da Secretaria de
Educação com mais esse problema. O promotor informou
que protocolaria pedido de prorrogação da validade desse concurso,
previsto para expirar no próximo mês de junho. “Existe uma ação na
Justiça cobrando da Prefeitura a convocação dos aprovados”, lembrou.
Segundo a professora Izabel Cristina, tesoureira do Sindeducação,
enquanto a Prefeitura não convoca os concursados, os professores vão
fazendo o que podem para não deixar os alunos sem aula, mesmo
sacrificando o planejamento, e absorvendo uma enorme sobrecarga
de trabalho. “Imagina uma sobrecarga de trabalho dentro de uma escola
sem infraestrutura alguma?”, indagou a sindicalista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário