Na rede de atenção à pessoa com fissura labiopalatina, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) oferece assistência no Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos para crianças de seis meses a 12 anos. Enquanto isso, o Hospital Dr. Carlos Macieira passa a atender os pacientes de 13 a 47 anos.
O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, acompanhou o primeiro dia atendimento de assistência à pessoa com fissura labiopalatina no Hospital Dr. Carlos Macieira. “Desde 2015, iniciamos o serviço com as crianças. Agora o tratamento foi ampliado para adultos de forma permanente. Esse serviço é de extrema importância, pois resgata a dignidade das pessoas. Os jovens e adultos com lábios leporinos também precisam de um acompanhamento especializado, para garantia de uma vida longe de sequelas”, destacou.
Cirurgias
Na primeira fase, 20 pacientes farão a triagem inicial. Após a realização dos exames pré-operatórios acontecerão os procedimentos de correção de fissuras labiopalatinas com cirurgias de queiloplastia unilateral (correção dos lábios) e palatoplastia (correção do palato do céu da boca).
Os procedimentos cirúrgicos estão previstos para dezembro, após o período de realização dos exames. No pós-operatório, os pacientes receberão o acompanhamento da equipe multidisciplinar da unidade, composta por fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, cirurgiões plásticos e bucomaxilofacial, além de odontólogos.
“A malformação labiopalatina é a mais comum que atinge crianças no Brasil. No Hospital Juvêncio Mattos, onde fazemos esse atendimento para crianças até 12 anos, englobamos não apenas a parte da cirurgia, mas também o acolhimento de toda família, o acompanhamento do nascimento até os 21 anos. Uma criança quando nasce com a malformação faz uma média de sete cirurgias corretivas e para nós, que trabalhamos e acreditamos no SUS, é uma alegria saber que essa criança vai completar todo ciclo de tratamento aqui mesmo no Maranhão”, explicou a cirurgiã bucomaxilofacial, Ingrid Oliveira.
Além da cirurgiã bucomaxilofacial, Ingrid Oliveira, a equipe é composta por Jupiter Newler, cirurgião plástico, e Rafael Maya, ortodontista, dentre outros profissionais. A ação conta com a parceria da ONG Maranhense Céu da Boca e da ONG Internacional Smile Train.
Fissuras labiopalatinas resultam de malformações congênitas que ocorrem antes do bebê nascer. Podem surgir juntas e atingir um ou ambos os lados do rosto. Elas surgem quando as estruturas que formam a face não se nivelam no período embrionário durante o primeiro trimestre da gestação. A fenda palatina ocorre quando o palato (céu da boca) não se fecha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário