Uma lei do Brasil garante que filhas solteiras de ex-servidores e ex-parlamentares recebam um uma pensão vitalícia, ou até que se comprove um casamento. Muitas delas trabalham e são maiores de idade, mas o benefício continua à disposição. Os valores vão de R$ 4 mil a R$ 35 mil. O gasto anual gira em torno de R$ 6 bilhões.
A Previdência dos militares é tão generosa, que não é fácil obter dados a respeito. O governo e o comando das Forças Armadas não fazem questão de mostrar as estatísticas. Mas um relatório de 2017 do Tribunal de Contas da União (TCU) traçou um quadro geral. Um quadro espantoso.
O valor dos benefícios pagos de aposentadoria a inativos militares e de pensões a suas filhas foi de 8,1 mil reais por mês, em média, em 2016. Isso é cinco vezes mais do que aquilo que foi pago pelo INSS, 1,4 mil reais.
No INSS, os trabalhadores e seus empregadores recolhem contribuições mensais, e essa verba é usada para bancar os benefícios de quem já é inativo. É o que se chama de regime de repartição, baseado na solidariedade entre gerações.
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