O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI),
general Augusto Heleno, descartou, nesta quinta-feira (21/05), a
possibilidade de golpe, intervenção militar ou de uma nova ditadura no
Brasil. "Os militares não vão dar golpe. Isso não passa na cabeça dessa
nossa geração, que foi formada por aquela geração que viveu todos
aqueles fatos, como estar contra o governo, fazer uma contrarrevolução
em 1964", disse o ministro, durante live para o grupo Personalidades em
Foco.
Na visão do general, um dos mais principais interlocutores
do presidente Jair Bolsonaro, "não passa [pela cabeça] ditadura,
intervenções, isso são provocações feitas por alguns indivíduos que não
têm coragem de dizer quais são suas ideologias, que ficam provocando os
militares para ver se nós vamos reagir".
O general disse que isso
se deve aos "nossos instrutores, vacinados por toda aquela trajetória de
militares se intrometendo de uma forma pouco aconselhável, mas muitas
vezes necessária, na política".
No mês passado, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, teve
que divulgar duas notas reafirmando o compromisso das Forças Armadas com
a Constituição depois que o presidente Bolsonaro participou de atos
golpistas que pediam uma intervenção militar e o fechamento do Supremo
Tribunal Federal (STF) e o Congresso.
Na semana passada, um artigo
do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, alimentou
rumores sobre possíveis intenções intervencionistas por parte da cúpula
das Forças Armadas.
Durante a live, Heleno também defendeu a
presença de egressos das Forças Armadas na administração. "Nós não somos
todos brilhantes, temos alguns brilhantes, mas temos uma dívida com o
país", afirmou o ministro.
Ele também voltou a criticar a mídia.
"Na hora de apresentar os fatos, a gente percebe. É uma total
contaminação dessa parte da imprensa. Só pode ser para derrubar o
presidente da República. Não tem outra explicação", disse o general.
FONTE: Correio Braziliense

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