Praticamente ao mesmo tempo em que o Ministério da Saúde anunciava que o número de mortes no país pela covid-19 passou dos 20 mil, o presidente Jair Bolsonaro
minimizava o impacto da doença em live pela internet nesta quinta-feira
(21/5). "Morre mais gente de pavor do que do ato em si. A vida taí, a
gente vai morrer um dia", afirmou.
O presidente disse, porém, que
adiou a viagem que faria para o Vale do Ribeira, região onde cresceu,
para evitar riscos de contaminação da sua mãe. "Ia ter aglomeração. Vai
que eu visito minha mãe e ela pega coronavírus. Iam dizer que eu
infectei minha mãe", disse.
Bolsonaro defendeu mais uma vez o uso da cloroquina como tratamento para
a covid-19. O medicamento não tem eficácia comprovada. "Sabemos que não
tem comprovação, mas tem muitos relatos médicos. Muitos hospitais
particulares têm receitado. Eu sei que não sou médico, mas temos que dar
uma esperança", explicou.
O presidente lamentou o requerimento do PT que pediu o cancelamento do
novo protocolo do Ministério da Saúde sobre uso da medicação. O partido
soliciou que o governo federal não seja autorizado a “indicação e
promoção” do uso de medicamentos que não tenham eficácia comprovada no
tratamento da covid-19.
"A lamentar um grupo de senadores do PT que entraram com um
requerimento para que o nosso entendimento deixe de ser válido. Quer
fazer com que o pobre não tenha acesso a cloroquina. O protocolo do
ministro anterior do anterior só poderia fazer uso em casos graves",
disse em referência ao ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.
Bolsonaro defende "abertura radical" nas cidades, com uso de máscaras
O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender, nesta quinta-feira (21/5), o fim das medidas de isolamento e pregou uma "volta responsável" ao trabalho, que, seria obtida, segundo ele, com o uso de máscaras.
O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender, nesta quinta-feira (21/5), o fim das medidas de isolamento e pregou uma "volta responsável" ao trabalho, que, seria obtida, segundo ele, com o uso de máscaras.
"Nós
temos que convencer o povo a usar a máscara. Se nós dizemos que evita o
contágio, vão poder trabalhar de máscara. Se não puder trabalhar de
máscara é sinal de que (a máscara) não funciona", disse, em live na
internet.
As máscaras, porém,
são uma medida para reduzir as chances de contágio, mas não impedem
totalmente a transmissão do novo coronavírus. Em suas recomendações, a
Organização Mundial da Saúde (OMS) ressalta que as máscaras não impedem a
contaminação e alerta para o risco de a pessoa ter uma falsa sensação
de estar completamente protegida do vírus ao usá-la.
"Sem multa, no convencimento"
O
presidente também se disse contra a aplicação de multas para quem não
usar as máscaras e pregou o "convencimento" da população. "Todos têm a
ganhar com a volta responsável ao serviço. O estado que tiver um plano
de abertura radical, obrigando a máscara, sem multa, no convencimento,
vai ser um governador reconhecido, porque a ansiedade por parte da
população está enorme. A gente pede a Deus que cada governador tenha um
plano para voltar a normalidade, que é competência deles", afirmou.
FONTE: Correio Braziliense

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