segunda-feira, 6 de julho de 2020

Produção de veículos tem pior semestre desde 1999, diz Anfavea


Dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) mostram que a produção de veículos de janeiro a junho foi a menor desde o 2º semestre de 1999. Foram fabricadas 729,5 mil unidades no período.

Os impactos das medidas de isolamento social com a pandemia de covid-19 são os principais causadores dos números negativos, segundo a associação. Houve forte queda da produção em abril e maio.
Os números de junho mostram que a produção retomou, mas em nível muito baixo se comparado com o mesmo mês do ano anterior. Segundo a Anfavea, 98,7 mil unidades foram produzidas em junho. Aumentou 129,1% em comparação com maio, mas recuou 57,7% em relação ao mesmo mês de 2019.
A Anfavea estima a fabricação de 1,63 milhão de automóveis em 2020, o que representa uma diminuição de 45% em comparação com 2019.
“Trata-se de uma estimativa dramática, mas muito realista com base no prolongamento da pandemia no Brasil e na deterioração da atividade econômica e da renda dos consumidores”, afirmou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, em comunicado.
Até junho, as exportações dos veículos automotores chegou a 119,5 mil –recuo de 46,2% contra o mesmo período de 2019. A associação projeta vendas de 200 mil unidades para o exterior em 2020.

CAMINHÕES E MÁQUINAS

A produção de caminhões no semestre (34,8 mil) foi 37,2% menor em relação ao mesmo período do ano passado. Os licenciamentos (37,9 mil) recuaram 19,1%, enquanto as exportações (4,8 mil) encolheram 19,2%.
O resultado é melhor do que para o restante de veículos. Segundo a Anfavea, parte da melhora é por causa dos bons resultados da safra agrícola.
O setor de máquinas também foi beneficiado: 19,1 mil unidades no 1º semestre, acumulando queda de 22,6% no período frente a janeiro a junho de 2019.
“A situação geral da indústria automotiva nacional é de uma crise maior que as enfrentadas nos anos 80, 90 e essa mais recente de 2015/16. Ela veio num momento em que as empresas projetavam um crescimento anual de quase 10%. Um recuo dessa magnitude no ano terá impactos duradouros, infelizmente. Nossa expectativa é que apenas em 2025 o setor retorne aos níveis de 2019, ou seja, com atraso de seis anos”, declarou Luiz Carlos Moraes.
FONTE: Poder 360

Nenhum comentário:

Postar um comentário