segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Luiz Phelipe Andrés, coordenador da revitalização do Centro Histórico, morre aos 72 anos

 


O engenheiro mineiro radicado no Maranhão Luiz Phelipe Andrés morreu na noite deste sábado (04) aos 72 anos, vítima de leucemia. Luiz Phelipe foi coordenador por 27 anos do Programa de Preservação e Revitalização do Centro Histórico de São Luís e também criador o criador do Estaleiro Escola do Sítio Tamancão, onde hoje funciona Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA).

Luis Phelipe será velado na Academia Maranhense de Letras e seu corpo será cremado.

Por meio de suas redes sociais, o governador Flávio Dino anunciou que o IEMA Estaleiro-Escola passará a ter o seu nome, mediante decreto que será assinado amanhã.

NOTA DE PESAR GOVERNO DO MARANHÃO

O Governo do Estado do Maranhão manifesta profundo pesar pelo falecimento de Luiz Phelipe de Carvalho Castro Andrés, ocorrido na madrugada desse domingo (5).

Atualmente, Luiz Phelipe Andrés era gestor geral do Estaleiro Escola, unidade vocacional do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), voltado para a valorização e preservação das embarcações tradicionais. Unidade criada por ele, em 2006, com a finalidade de formar mestres carpinteiros, pintores e mecânicos que atuam na produção artesanal de embarcações.

Dentre tantas outras atividades, Luís Phelipe foi secretário de Estado da Cultura no período de 1993 a 1995. Além disso, era membro efetivo da Academia de Letras, Artes, Ciências e Agremiação de Saberes Culturais da Área Itaqui-Bacanga (ALEART). A partir de 2010 passou a ocupar uma cadeira de conselheiro do Conselho Consultivo do Iphan.

Luiz Phelipe Andrés deixou um vasto legado para a educação pública maranhense. Uma de suas principais contribuições para a educação e profissionalização de jovens e adultos foi o desenvolvimento do projeto de pesquisa ‘Embarcações do Maranhão’ em 1986, para a formação de aprendizes na tradição da construção naval do Maranhão.

O velório de Luiz Phelipe Andrés acontece a partir das 10h, desse domingo (5), na Academia Maranhense de Letras, localizada na Rua da Paz, n° 84 – Centro, onde ocupava a cadeira de número 23, que foi do escritor Clodoaldo Cardoso, sendo Graça Aranha o patrono. A partir das 17h, o velório será realizado no Estaleiro Escola.

Nesse momento de dor e pesar, a família Seduc e a família Secma se solidarizam com familiares e amigos, rogando a Deus para que os conforte, na certeza de que ele cumpriu o seu propósito e está em seu reino de glórias.

Sobre o engenheiro

Foi graduado na Escola de Engenharia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1972) e mestre em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco (2006). Foi conselheiro do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, diretor do Centro Vocacional Tecnológico Estaleiro Escola, professor da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas de São Luís do Maranhão e do Curso de Arquitetura da UNDB. Atuava principalmente nos temas: história, patrimônio cultural, tombamento, monumento nacional, construção naval artesanal.

No período de 1993 a 1995 foi secretário de Estado da Cultura e a partir de 2010 ocupou uma cadeira de conselheiro do Conselho Consultivo do Iphan.

Em 1977, quando chegou a São Luís, iniciou as pesquisas de campo sobre as embarcações do Maranhão.

Entre 1978 a 1979 foi coordenador da pesquisa para edição do livro “Monumentos Históricos do Maranhão”, editado em 1979 pelo Serviço de Obras Gráficas do Estado – Sioge, contendo o primeiro inventário dos principais monumentos arquitetônicos e da arte sacra de São Luís, Alcântara e Rosário.

Em 1980 foi responsável pelo Setor de Pesquisa e Documentação do Programa de Preservação e Revitalização do Centro Histórico de São Luís/Projeto Praia Grande.

Entre 1981 a 1984 foi coordenador administrativo do Projeto Praia Grande.

Em 1985 foi coordenador geral do Projeto Embarcações do Maranhão. Entre 1984 e 1988 foi coordenador geral do Programa de Preservação do Centro Histórico de São Luís.

Em 1988 a 1989 foi coordenador do “Projeto Reviver”- Programa de Revitalização do Patrimônio Histórico e Ambiental Urbano do Maranhão.

De 1995 a 1999 foi coordenador do Patrimônio Cultural da Secretaria de Estado da    Cultura do Maranhão.

De 1996 a 2003 foi coordenador da Unidade Executora Estadual-UEE do Programa BID/PRODETUR do Maranhão.

De 1996 a 1998 foi coordenador Geral do Projeto “São Luís – Patrimônio Mundial” para preparação e apresentação do Dossiê à Unesco com propósito de obtenção do título.

Em 1996 recebeu do Ministério da Cultura-Iphan, o Prêmio “Rodrigo Melo Franco de Andrade” (Edição 1996), na categoria Inventário de Acervos e Pesquisas, pelo Projeto Embarcações do Maranhão.

De 1999 a 2002 foi diretor do Patrimônio Cultural da Fundação Cultural do Estado do Maranhão. Dentre várias outras ocupações ao longo da vida, foi nomeado conselheiro do Conselho Nacional de Política Cultural – CNPC – do Ministério da Cultura. Era membro da Academia Maranhense de Letras.

NOTA DE PESAR PREFEITURA DE SÃO LUÍS

 

Luiz Phelipe Andrès

 

Com profundo pesar recebi a notícia do falecimento de Luiz Phelipe Andrès, ocorrido neste domingo (5).

Mestre em Desenvolvimento Urbano, Luiz Phelipe Andrés foi um dos responsáveis pelo título de São Luís como Patrimônio Mundial. Também foi o coordenador do projeto de Revitalização do Centro Histórico de São Luís (Projeto Praia Grande/Reviver), e o relator do dossiê do Complexo Cultural do Bumba-meu-boi como Patrimônio Brasileiro pelo Iphan.

Foi idealizador e coordenador do Estaleiro Escola, projeto fundamental para a formação de aprendizes na tradição da construção naval em nosso Estado.

Perdemos hoje uma referência. Contudo, São Luís será eternamente grata a Luiz Phelipe Andrès por sua profunda dedicação, entusiasmo e zelo para com a nossa história, nossas tradições, com a nossa cultura.

Neste momento de consternação, meus sentimentos aos familiares e amigos de Luiz Phelipe Andrès que deixa a todos nós, um legado incomparável.

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