sábado, 25 de março de 2023

Greve dos professores no Maranhão já virou batalha política dentro de sindicato da categoria

Diante de uma nova proposta do Governo do Estado e de uma decisão judicial, há uma clara vertente política dentro do próprio sindicato dos professores para não colocar fim à greve



Professores de oposição ao sindicato estão tumultuando as assembleias e cerceando o direito de voto dos professores contrários à greve, prejudicando os estudantes. Mesmo com mais uma decisão judicial declarando a greve como ilegal, os professores de oposição continuam a impedir o retorno às aulas, prejudicando o futuro daqueles que deveriam ser o foco total dos educadores.

O Maranhão é o segundo estado que melhor paga os professores, o que deslegitima qualquer movimento paredista. Negar o direito fundamental de jovens de receber educação em troca de valorização salarial é inaceitável. Embora a luta por melhores condições de vida seja inegociável, ela deve respeitar a Constituição Federal, que garante a Educação como um direito do povo e um dever do Estado.

As assembleias dos últimos dias foram uma demonstração clara do descompromisso de parte da classe de professores com o futuro da carreira e da juventude do estado do Maranhão. O discurso de que "o professor deseja estar em sala de aula" caiu por terra, uma vez que mesmo com a proposta do estado de aplicar o reajuste no limite proposto segundo a lei de responsabilidade fiscal, de 11% em duas parcelas, uma em janeiro e outra em julho, com o objetivo de suspender a greve, os professores continuam a impedir o retorno às aulas.

A hostilidade a professores que votaram pelo fim da greve e a balbúrdia proposta pelos professores de oposição, que impediram a participação corrompendo o processo, é inaceitável. A justiça maranhense já bloqueou mais de 350 mil reais das contas do sindicato e aplicou mais de 1,8 milhões de reais em multas, reconhecendo a ilegalidade do movimento grevista que impõe sérios prejuízos ao futuro da sociedade do estado.

Não há clima de greve com propostas encaminhadas pelo executivo estadual e com a total indisposição do sindicato em negociar. A manutenção da greve de forma intransigente sem pensar nos estudantes e no futuro da carreira é prejudicial à sociedade e deve ser revista.

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