No último sábado (15), o Brasil completou 40 anos de retomada da democracia, um marco que foi lembrado nesta quarta-feira (19) pelo deputado estadual Carlos Lula na Assembleia Legislativa do Maranhão. Durante seu discurso, ele destacou que esse é o maior período de continuidade democrática da história do país, mas lembrou que essa conquista só foi possível após mais de duas décadas de censura, perseguição política e violência sistemática aos direitos humanos.
“Muitos brasileiros pagaram com suas vidas e sua liberdade na luta contra a ditadura. Honrar essa memória é um compromisso diário, para que os horrores daquele período nunca mais se repitam. Eu era criança em 1985, mas lembro do Brasil se recusando a aceitar o silêncio imposto pela ditadura militar. Hoje, devemos ter essa mesma coragem para defender a democracia”, afirmou Carlos Lula.
O parlamentar ressaltou que, no Maranhão, a luta por uma democracia plena não se encerrou com o fim do regime militar. Ele destacou como práticas políticas ultrapassadas ainda impedem o desenvolvimento do Estado.
“Aqui, continuamos enfrentando práticas autoritárias, clientelistas e patrimonialistas que, por décadas, mantiveram grupos no poder e impediram avanços sociais e econômicos. Isso manteve nosso povo refém da pobreza, da exclusão e do atraso”, criticou o deputado.
Carlos Lula também fez questão de destacar os avanços do Brasil nos últimos 40 anos. Entre eles, a ampliação da expectativa de vida, que passou de 64 anos em 1985 para 76 anos atualmente, impulsionada pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Mesmo com desafios, o SUS garantiu acesso ampliado a serviços médicos e ajudou a salvar vidas. Além disso, tivemos avanços na redução da pobreza e no acesso à educação, tanto no ensino médio quanto no ensino superior. São conquistas que mostram o quanto podemos crescer quando há políticas públicas voltadas para o bem-estar da população”, pontuou.
No entanto, o deputado alertou para as ameaças que a democracia vem enfrentando nos últimos anos, com discursos autoritários e movimentos extremistas que questionam a legitimidade das instituições democráticas.
“A democracia não é um direito garantido para sempre. É um projeto contínuo que exige nossa atenção, vigilância e compromisso. Como parlamentares, temos a obrigação de protegê-la, para que futuras gerações vivam em um país onde a liberdade e os direitos sejam preservados”, concluiu Carlos Lula.
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