quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Ciro Gomes diz que equipe de Bolsonaro é “inexperiente” e vê 2019 como “interrogação”

Em artigo na “Folha de S. Paulo”, pedetista avalia que novo governo ainda não apresentou propostas concretas


O cearense Ciro Gomes (PDT), que foi candidato à Presidência da República na Eleição 2018, publicou na Folha de S. Paulo um artigo em que questiona experiência do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), embora acredite que o País possa melhorar, mesmo que modestamente, neste governo.

Na publicação, o pedetista se nega a ser pessimista em relação ao futuro do Brasil nas mãos do capitão da reserva e avalia que o povo tem tido uma visão positiva sobre essa mudança. “Torço genuinamente que as coisas possam melhorar e até acho que melhorarão”, escreveu.

Anda assim, Ciro vê o ano de 2019 como “uma grande interrogação”. Para ele, o País se encontra em uma das maiores crises socioeconômicas de sua história moderna, e quem foi escolhido para reverter a situação não poderia ter uma visão simplificada das coisas ou achar que tudo se resolve a ‘golpes de frases feitas ou de uma radicalizada retórica”.

Ele também cita, nas entrelinhas, o escândalo envolvendo a família Bolsonaro e a possibilidade do assessor Fabrício Queiroz ser um laranja. Para Ciro, as histórias controversas têm sido tratadas à moda antiga. Com “a relativização de valores com que se olham a si e aos adversários”.

Com esse gancho, o ex-presidenciável avalia a equipe do presidente eleito como inexperiente. “O mais importante assessor não tem nem um dia sequer de vivência no setor público (…) O diagnóstico, travado por um liberalismo tosco, é, para dizer pouco, equivocado”.

O pedetista também faz duras críticas aos governos do PT e ao mandato de Temer pós-impeachmeant de Dilma Rousseff (PT). Mas reitera que tem poucas esperanças de que a próxima gestão seja capaz de reverter a situação. 

“O potencial de confusão, por essa mistura de graves problemas, grave incompetência e despreparo, equipe fraca e desconhecimento do país me permite apostar mais na sorte”, avalia.

FONTE: Jornal Opção

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