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Foto Reprodução |
O Ministério Público Federal devolveu à Polícia Federal o
inquérito que investiga a morte do indígena Paulo Paulino Guajajara.
O crime
aconteceu em novembro do ano passado, durante uma troca de tiros na região da
terra indígena Araribóia, no interior do Maranhão.
O teor do inquérito sequer chegou a ser analisado pelo Ministério Público Federal e pela Defensoria Pública da União. Ao receber o
relatório os procuradores perceberam que faltavam documentos citados na
investigação, a informação foi confirmada por telefone pela Procuradoria da República no Maranhão.
Não existe um prazo determinado, mas tanto o MPF quando a DPU acreditam que ainda esta semana o inquérito será devolvido pela Polícia Federal, mas de antemão pelo que foi divulgado a Defensoria Pública da União
não acredita que o furto de uma moto foi a motivação para o crime.
As investigações foram concluídas no mês passado, quase dois
meses após a morte do líder Paulo Paulino Guajajara e tentativa de homicídio
de Laercio Guajajara.
Para a Polícia Federal o conflito não foi motivado por
questões étnicas, o que está sendo contestado por entidades indigenistas, pela Ordem dos Advogados no Maranhão e pela Defensoria Pública da União, já que o
sobrevivente Laércio Guajajara confirmou em depoimento que os indígenas foram
sim vitimas de uma emboscada.
A terra indígena Araribóia fica 466 quilômetros de São Luís
e ocupa uma área de 413 mil hectares, onde vivem mais de 12 mil índios, tribos
que convivem com as constantes invasões e o desmatamento provocados por
madeireiros da região, grupos armados que tentam se apossar da área usando a
violência.
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