quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

MPF solicita nova investigação por parte da Polícia Federal sobre morte de índio no Maranhão


Foto Reprodução

O Ministério Público Federal devolveu à Polícia Federal o inquérito que investiga a morte do indígena Paulo Paulino Guajajara.

O crime aconteceu em novembro do ano passado, durante uma troca de tiros na região da terra indígena Araribóia, no interior do Maranhão.


O teor do inquérito sequer chegou a ser analisado pelo Ministério Público Federal e pela Defensoria Pública da União. Ao receber o relatório os procuradores perceberam que faltavam documentos citados na investigação, a informação foi confirmada por telefone pela Procuradoria da República no Maranhão.


Não existe um prazo determinado, mas tanto o MPF quando a DPU acreditam que ainda esta semana o inquérito será devolvido pela Polícia Federal, mas de antemão pelo que foi divulgado a Defensoria Pública da União não acredita que o furto de uma moto foi a motivação para o crime.


As investigações foram concluídas no mês passado, quase dois meses após a morte do líder Paulo Paulino Guajajara e tentativa de homicídio de Laercio Guajajara. 

Para a Polícia Federal o conflito não foi motivado por questões étnicas, o que está sendo contestado por entidades indigenistas, pela Ordem dos Advogados no Maranhão e pela Defensoria Pública da União, já que o sobrevivente Laércio Guajajara confirmou em depoimento que os indígenas foram sim vitimas de uma emboscada.


A terra indígena Araribóia fica 466 quilômetros de São Luís e ocupa uma área de 413 mil hectares, onde vivem mais de 12 mil índios, tribos que convivem com as constantes invasões e o desmatamento provocados por madeireiros da região, grupos armados que tentam se apossar da área usando a violência.

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