O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria Geral da República (PGR) pedidos de apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro e do vereador Carlos Bolsonaro. Além disso, ele pediu a realização de oitiva do chefe do Executivo no âmbito do inquérito sobre interferência política na Polícia Federal.
Os despachos seguem curso natural do processo e foram realizados nessa quinta-feira (21/5). Três notícias-crime
foram apresentadas por partidos políticos e pedem novas diligências
para apurar se o presidente tentou interferir na Polícia Federal.
Além
de Bolsonaro, os autores também pedem que o celular do vereador Carlos
Bolsonaro, filho do presidente, seja apreendido. Quem analisa as ações é
o Procurador-geral da República, Augusto Aras, que não tem prazo para decidir.
É papel do Estado apurar acusações, diz Celso de Mello
Ao
encaminhar as solicitações, Celso de Mello destacou que é papel do
Estado apurar acusações criminais feitas por qualquer pessoa. “A
indisponibilidade da pretensão investigatória do Estado impede, pois,
que os órgãos públicos competentes ignorem aquilo que se aponta na
“notitia criminis”", argumenta Mello no processo.
"Motivo pelo
qual se torna imprescindível a apuração dos fatos delatados, quaisquer
que possam ser as pessoas alegadamente envolvidas, ainda que se trate de
alguém investido de autoridade na hierarquia da República,
independentemente do Poder (Legislativo, Executivo ou Judiciário) a que
tal agente se ache vinculado”, prossegue o magistrado.
FONTE: Correio Braziliense

Nenhum comentário:
Postar um comentário