A 1ª Vara de Coroatá realizou, no dia 2 de fevereiro, uma audiência de instrução criminal de processo em que apura a ação de uma organização criminosa de tráfico de drogas na cidade de Coroatá, que mobilizou um aparato jurídico e de segurança nunca visto no Fórum da comarca, que foi isolado por medida de segurança.
A audiência reuniu 34 presos provisórios deslocados de unidades prisionais de Coroatá, São Luís, Pedreiras, Grajaú e Porto Franco, 10 advogados, e mais três testemunhas, que moram fora da cidade. Todos foram ouvidos durante a audiência, ao longo de toda a quinta-feira, no auditório do fórum.
A juíza titular da 1ª Vara de Coroatá, Anelise Nogueira Reginato, presidiu a audiência, em que atuaram a promotora de Justiça Aline Albuquerque Bastos (1ª Promotoria de Justiça), autora da denúncia e na defesa, a defensora pública Isabella Carminatti, além de dez advogados dos réus.
INQUÉRITOS POLICIAIS E DENÚNCIA
O caso foi denunciado à Justiça no dia 10 de março de 2021, pela 1ª Promotoria de Justiça de Coroatá. O inquérito policial foi iniciado em 2019, sendo realizados mais de dois meses de interceptações telefônicas. Na denúncia, consta que a investigação policial teve início com uma diligência após chegarem informações à Delegacia de Polícia local sobre a venda de entorpecentes e possíveis bocas de fumo na cidade.
O Relatório Final da polícia constatou o crime de tráfico de drogas por meio dos autos de apresentação e apreensão existente em vários processos, que indicavam que as substâncias apreendidas se tratavam de drogas (maconha, crack e cocaína), caracterizando uma associação criminosa para o tráfico de entorpecentes, conforme foi apurado em 10 inquéritos, que acompanham o inquérito principal.
Conforme a denúncia, a participação de cada denunciado se deu por meio da “aquisição, transporte, guarda, venda e mantendo em estoque o material ilícito”, destacando que apenas alguns dos investigados cometeram tráfico de drogas sem associação.
APRESENTAÇÃO DE PROVAS, DEPOIMENTOS DOS RÉUS E ESCUTA DE TESTEMUNHAS
A juíza explicou que, em um dia de audiências, foi iniciada e finalizada a fase de instrução processual, com a apresentação de provas e tomada de depoimentos de réus e escuta de testemunhas. Na sequência, será feito o julgamento do processo. “Acabou a instrução. Como diligência, um advogado pediu perícia da voz da sua cliente. Depois disso, abrirá prazo para as alegações finais e será emitida a sentença”, disse a juíza, satisfeita com o saldo dos trabalhos.
A atuação dos profissionais da Justiça foi apoiada por uma operação policial executada sob a orientação do comandante do 24º Batalhão da Polícia Militar, tenente coronel Jadiel Rezende, do Diretor de Segurança da Polícia Penal da UPR de Coroatá, Diego Cavalcante, e do comandante da Guarda Municipal, Davi Silva. “Sem o apoio das forças policiais, teria sido impossível”, observou a juíza.
Representaram a defesa dos réus os advogados: Andre Farias Pereira, Antonio Raimundo Andrelino, Arnor Criston Cunha Serra, Carlos Dantas Ribeiro, Fabio Marcelo Maritan Abbondanza, Francisco Carlos Mouzinho do Lago, Lauro Lima de Vasconcelos, Matheus Reis Aragão, Maykon Veiga Vieira Dos Santos e Pedro Bezerra de Castro.
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