Representantes da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e das Secretarias Municipais de Saúde participaram, nesta sexta-feira (20), da 12º reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Na ocasião, os Planos Estaduais de Enfrentamento das Doenças e Agravos Não Transmissíveis, de Intervenção para Doenças Diarreicas Agudas e de Eliminação da Malária foram apresentados aos gestores.
"O ano de 2024 foi repleto de conquistas e desafios. Antes de encerrá-lo, queremos já apresentar aos gestores e técnicos do SUS do Maranhão as nossas proposições para 2025. Nossa intenção é continuar avançando na busca pela qualidade de vida do povo maranhense, diminuindo a incidência de agravos, devolvendo a dignidade e bem-estar a quem mais precisa através de serviços de saúde pública cada vez mais justos", destacou o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes.
O plano de Enfrentamento das Doenças e Agravos Não Transmissíveis visa a redução da morbidade e mortalidade por doenças crônicas no estado do Maranhão, tendo como matriz oito indicadores para os fatores de risco para as doenças crônicas não transmissíveis e sete indicadores para agravos que são os acidentes e violências. O objetivo é que até 2030 o Maranhão consiga reduzir a morbidade por esses tipos de doenças.
O plano de Intervenção para Doenças Diarreicas Agudas, elaborado pela Superintendência de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, visa a redução da incidência e mortalidade por doenças diarreicas agudas (DDA) no Maranhão, por meio de ações estratégicas integradas de prevenção, diagnóstico, tratamento e monitoramento, com foco especial nas populações mais vulneráveis e nas áreas de maior risco epidemiológico.
O plano irá realizar o monitoramento e vigilância, prevenção e promoção da saúde, fortalecimento da Atenção à Saúde e proposição de ações estratégicas e intersetoriais. A iniciativa está estruturada em 11 eixos principais, que abrangem ações de monitoramento, avaliação, promoção, prevenção e qualificação dos serviços e deverá ser executada em 20 municípios maranhenses considerados prioritários, tais como São Luís, Imperatriz, Presidente Dutra, Barra do Corda, Balsas e Pinheiro.
No caso do Plano Estadual de Eliminação da Malária, as metas são as mesmas da Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de eliminar a Malária como problema de saúde pública até o ano de 2030, reduzir a transmissão autóctone e consolidar a vigilância em áreas de baixa endemicidade.
"Nós já começamos, inclusive, esse mês fazendo capacitações para agentes comunitários de saúde no município de Santa Helena, que é uma das estratégias que nós estamos utilizando para qualificar os municípios, porque entendemos que é fundamental para alavancar a atenção primária para podermos dar conta dessa eliminação da malária", afirmou a superintendente de Epidemiologia da SES, Dalila Santos.
Rede Sentinela das Meningites
Outra estratégia apresentada pela SES durante a 12º Reunião Ordinária da CIB foi a criação da Rede Sentinela das Meningites no Maranhão, tendo como referência estadual o Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos. O objetivo é estabelecer um sistema de vigilância para detectar e monitorar casos de meningite em tempo real, por meio da implementação de unidades sentinelas estratégicas.
Entre as principais ações a serem executadas por meio da Rede, está a identificação de Unidades Sentinelas; Coleta e Análise de Dados; Capacitação Profissional; e Integração de Redes. A iniciativa evidencia a importância de detectar surtos de meningite de forma rápida e eficaz, reduzir a mortalidade e a morbidade associada e garantir a resposta imediata e coordenada entre os serviços de saúde.
De acordo com dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), entre o período de 1º de janeiro a 15 de dezembro de 2024, a Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, do Programa de Controle das Meningites, foram notificados 258 casos da doença, sendo 133 de casos confirmados, 47 em investigação e 78 descartados.
O relatório mostrou também 117 casos de Meningite Bacteriana, 13 de Meningite Viral e 3 por outras etiologias. A maioria dos casos confirmados estão presentes nos municípios da Macrorregião Norte do estado.
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