Manoel Mariano de Sousa Filho, também conhecido como “Júnior do Nenzim”, foi condenado em júri popular realizado nesta quarta-feira (21) em São Luís a 16 anos de prisão pela morte do próprio pai, o ex-prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano de Sousa, o “Nenzim”. O condenado foi levado para a Penitenciária de Pedrinhas, após a conclusão do júri, já na madrugada desta quinta-feira (22).
O crime ocorreu na manhã de 6 de dezembro de 2017, quando o ex-prefeito, com 78 anos, foi assassinado com um tiro no pescoço. Segundo a polícia, as investigações apontam que a motivação por trás do crime gira em torno de um roubo de cabeças de gado de propriedade da vítima.
Mariano Filho estaria devendo agiotas e teria vendido as cabeças de gado da fazenda do seu pai para o pagamento dessas dívidas. Uma recontagem do rebanho estava prevista para acontecer no mesmo dia do crime.
O júri popular foi realizado em São Luís pelo fato de o agora condenado Mariano Filho ter grande influência na região de Barra do Corda, o que poderia atrapalhar o processo.
Outro acusado, Luzivan Rodrigues da Conceição, suspeito da autoria do disparo, também seria julgado no mesmo júri que condenou Mariano Filho. Contudo, O juiz Clésio Cunha deferiu um pedido do Ministério Público e separou os processos. Luzivan, que já está preso, retornou para a penitenciária e deve ser julgado no próximo dia 9 de julho.
Relembre o caso
De acordo com as investigações da Polícia Civil, no dia do crime, Júnior do Nenzim era a única pessoa que estava com o pai. Inicialmente, havia a suspeita de que dois homens em uma motocicleta seriam os assassinos de Manoel Mariano, mas a versão foi negada após a realização de laudos periciais.
Mariano Filho chegou a ser preso dias após a morte o pai, mas quase dois anos depois ganhou o direito de responder em liberdade durante as investigações. O júri popular deveria ter acontecido em outubro de 2023, mas foi adiado para incluir Luzivan Rodrigues no processo.
O condenado chegou a se candidatar para a prefeitura de Barra do Corda em 2020, mas se retirou do pleito diante da repercussão nacional do caso.
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