Com o objetivo é sensibilizar feirantes e
frequentadores de feiras e mercados de São Luís para a necessidade de
combate à utilização da mão de obra de crianças e adolescentes, a
Prefeitura de São Luís lançou, nesta segunda-feira (4), o selo “Trabalho
Infantil, AQUI NÃO!”. A iniciativa é mais uma ação colocada em prática
pela gestão do prefeito Edivaldo Holanda Junior visando garantir os
diretos da criança e do adolescente e conta como apoio do Governo do
Estado, Ministério Público do Maranhão, Ministério Público do Trabalho e
sociedade civil organizada. A erradicação ao trabalho infantil é uma
luta permanente da Prefeitura de São Luís que tem adotado estratégias
como a abordagem nos logradouros públicos como praças, feiras e
mercados, onde há incidência de trabalho infantil.
A campanha é coordenada pelas
secretarias da Criança e Assistência Social (Semcas) e Agricultura,
Pesca e Abastecimento (Semapa). Antecedendo o lançamento da campanha a
Semcas, realizou diversas atividades de conscientização com os feirantes
e público presente nas feiras explicando as problemáticas do trabalho
tema e eventuais consequências para inserção futura dos adolescente no
mercado formal de trabalho, em função da falta de escolaridade e
habilidades necessárias.
As ações têm o objetivo de promover
direitos de crianças e adolescentes, como estudar, crescer sem
violência, praticar esporte e ser prioridade absoluta das políticas
públicas.
“A erradicação do trabalho infantil é
uma luta permanente da Prefeitura de São Luís. Uma das estratégias que
adotamos, por orientação do prefeito Edivaldo, foi a abordagem nos
logradouros públicos, como praças, feiras e mercados, onde constatamos
uma grande incidência de trabalho infantil. Por isso, a Semcas organizou
esta ação com Semapa, para identificar os casos e também mobilizar os
feirantes, em parceria com o Ministério Público do Trabalho, para
realizarmos a capacitação de feirantes, sensibilizando-os quanto à
importância de erradicação do trabalho infantil. Cada feirante que
participa deste processo ganha o selo da campanha e se engaje no
campanha, ajudando a espalhar a ideia”, explicou.
O secretário municipal Ivaldo Rodrigues
(Semapa), falou da importância da mobilização dos gestores públicos com
os feirantes em prol da criança e adolescente. “Realizamos uma ação
articulada com todos os gerentes e superintendentes de abastecimento,
para que a gente possa evitar a incidência do trabalho infantil nas
feiras livres e mercados, além do que, esta situação caracteriza-se como
crime. Então, com a instituição deste selo, podemos avançar no combate
ao trabalho infantil nas feiras e mercados”, ponderou.
COMBATE AO TRABALHO INFANTIL
O procurador-chefe do Ministério Público
do Trabalho no Maranhão (MPT-MA), Maurel Mamede Selares, disse que,
atualmente, há duas grandes frentes de atuação no Estado, voltadas ao
combate ao trabalho infantil e ao trabalho análogo à escravidão, que,
segundo ele, guardam muitas semelhanças entre si. “Há casos em que o
trabalho infantil torna-se o meio pelo qual se chega ao trabalho análogo
à escravidão. A criança que vende suquinho na rua, por exemplo, está
exposta a um cenário de drogas e violência. Precisamos levá-las de volta
para a escola e também trabalhar na qualificação destas crianças para
combater esta situação de vulnerabilidade social”, ponderou.
Também participaram da solenidade o
secretário municipal Marlon Botão (Cultura), Patrícia Leal
(representante da Secretaria Municipal de Educação), Joyce Sousa
(representante da Secretaria Municipal de Saúde), Tacila Barbosa
Nascimento de Moraes, coordenadora do Fórum Estadual de Prevenção e
Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente no Trabalho
(FEPETIMA), entre outras autoridades e lideranças da sociedade civil
organizada.
Ao final da solenidade, um grupo de
crianças do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
(coordenado pela Semcas) realizou uma apresentação de teatro de bonecos
com temas ligados à exploração do trabalho infantil e mostrando
alternativas de ocupação de crianças e adolescentes em atividades
culturais e educacionais.
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