terça-feira, 21 de julho de 2020

Brasil ultrapassa a marca de 80 mil mortes por coronavírus


SÃO PAULO - O Brasil já soma 80.251 vidas perdidas pelo novo coronavírus 2.121.645 pessoas infectadas, segundo dados do levantamento realizado pelo EstadãoG1, O Globo, Extra, Folha UOL junto às secretarias estaduais de Saúde e divulgado na noite desta segunda-feira, 20. Dados atualizados até as 20h mostram que, nas últimas 24 horas, foram registrados 718 novos óbitos e 21.749 casos de contaminação pela covid-19. Nos últimos sete dias, o Brasil registrou uma média diária de 1.047 óbitos por covid-19.
Segundo o especialista em geografia da saúde e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Raul Guimarães, está havendo uma aceleração no número de casos novos, atingindo os municípios menores. “A covid está entrando em áreas de maior vulnerabilidade, onde a letalidade é maior. A doença começa a avançar em municípios em que há uma proporção maior de pessoas com mais de 60 anos. Esses são os dois tipos de problemas que nós estamos enfrentando agora. Isso em São Paulo é bastante nítido, no Rio Grande do Sul também”, alertou.
São Paulo continua sendo o Estado mais afetado pelo vírus e já ultrapassou a marca das 19 mil mortes pela doença em um momento de flexibilização da quarentena e retomada das atividades econômicas. O número de total de mortes pelo novo coronavírus no interior de São Paulo superou o da capital nesta segunda-feira, 20. O aumento nos municípios de pequeno também levou a um recorde de óbitos nos últimos sete dias.
Para o pesquisador da Unesp, o Estado de São Paulo atingiu um platô. "Nós temos um patamar alto e estabilizado lá em cima. E com a flexibilização, vem aumentando o número de casos. Então, infelizmente isso vai prolongar a pandemia por mais tempo. O que diminui a transmissão do vírus é o isolamento social. Com a flexibilização, a tendência é ficarmos com esses números por um bom tempo”, pontuou.
O Rio de Janeiro é o segundo Estado com mais vítimas fatais (12.161). Em terceiro vem o Ceará (7.185). Na sequência estão: Pernambuco (6.036), Pará (5.554), Amazonas ( 3.146), Bahia (2.891), Maranhão (2.740), Minas Gerais (2.004) e Paraíba (1.517).
O avanço do novo coronavírus pelos Estados também mudou no último mês: principalmente as regiões Sul e Centro-oeste passaram a registrar um crescimento acelerado da pandemia, enquanto os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, epicentros impactados desde o início, passaram por semanas de ligeira desaceleração.
O Brasil é a segunda nação do mundo com maior número de casos e mortes por covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, que possuem 3,8 milhões de infecções confirmadas e 140 mil óbitos, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.
Desde 9 de maio, quando atingiu 10 mil mortes pela doença, o ritmo de óbitos aumentou no Brasil, e o País passou a registrar a cada dez dias, em média, cerca de 10 mil novos óbitos pela doença. Os números podem ser muito maiores que os registrados, já que a nação ainda testa pouco a sua população.
Em plena pandemia da covid-19, o Ministério da Saúde completou 66 dias sem chefe titular nesta segunda-feira, 20. A gestão de militares da pasta, liderada pelo ministro interino, general Eduardo Pazuello, está sob questionamentos, que se estendem às Forças Armadas.
FONTE: Estadão

Nenhum comentário:

Postar um comentário