A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou na quarta-feira (24) que o soro hiperimune anti-Sars-CoV-2 seja testado em humanos. O soro contra a Covid-19 está sendo desenvolvido pelo Instituto Butantan e, até então, havia sido testado apenas em animais.
De acordo com informações da Agência Brasil, a nova etapa de testes é essencial para que a empresa possa avançar no desenvolvimento do medicamento. Dessa forma, ele poderá ser registrado e se tornar disponível no mercado.
A autorização da Anvisa, no entanto, contou com um Termo de Compromisso que exige informações complementares. No início do mês de março, a agência reguladora revelou que recebeu um dossiê com dados sobre o primeiro desenvolvimento da substância e dados sobre o ensaio clínico.
O objetivo da avaliação de uma proposta de pesquisa clínica é verificar se o estudo é suficiente para gerar dados confiáveis sobre a segurança e eficácia do soro. “Isso envolve a avaliação do desenho estatístico da pesquisa, perfil de voluntários, definição de doses que serão testadas, entre outros aspectos”, esclareceu a Anvisa, em nota à imprensa.
Como funciona o soro?
O soro hiperimune contra anti-Sars-CoV-2 foi feito a partir da transmissão do vírus inativo em cavalos. Na produção, o corpo dos animais reage e produz anticorpos para combater a infecção. Após esse processo o sangue é coletado e os anticorpos isolados para serem utilizados no tratamento contra a doença.
É importante reafirmar que o Instituto Butantan é referência na produção de soros, como os antirrábicos, contra a raiva, e os antiofídicos, que rebatem os efeitos de venenos de cobras.
A empresa já havia divulgado que a medicação demonstrou ser segura e efetiva em dois tipos de testes clínicos com animais. Segundo o Butantan, o soro tem potencial para evitar o agravamento dos sintomas e curar os pacientes infectados pelo Coronavírus. Afinal, enquanto a vacina previne a infecção, o soro atua diretamente no tratamento da doença.
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