A ex-chefe de gabinete da Secretaria Municipal da Cultura de São Luís (Secult), Aulinda Mesquita Lima Ericeira, que foi exonerada após a repercussão da contratação do ‘Instituto de Educação Juju e Cacaia tu és uma Benção’, se manifestou sobre o contrato de R$ 6,9 milhões com a entidade da Cidade Olímpica, para a realização do Carnaval 2024. Além dela, Jean Felipe Nunes Castro Martins, foi exonerado da função de analista jurídico.
Na entrevista concedida a TV Mirante nesta terça (30), Aulinda Mesquita Lima Ericeira, deu várias declarações envolvendo esse episódio.
“Eu era chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Cultura e como chefe de gabinete eu só cumpro ordens, né? E acredito que cumpri as ordens muito bem, pelo menos eu sempre prezei para que isso acontecesse”, desabafou.
A funcionária exonerada deu a entender que o agora ex-secretário Marco Duailibe e o prefeito Eduardo Braide (PSD), tinham conhecimento da contratação do ‘Juju e Cacaia’.
“É possível se afirmar que uma chefe de gabinete e um analista jurídico não podem decidir sobre R$ 1 real quanto mais sobre R$ 6,9 milhões”, declarou ao responsabilizar os ex-superiores.
Além disso, Aulinda também fez mais uma grave revelação sobre o episódio. Ela delatou que, enquanto esteve no cargo até o último domingo pela manhã, continuava sem ter qualquer informação da Controladoria Geral do Município (CGM) recomendando o não pagamento do processo contratado.
Ainda na entrevista, a ex-chefe de gabinete da Secult, também revelou que desconhecia qualquer informação sobre pagamento ao instituto. “Realmente não foi pago nenhum centavo”, completou.
Então fica a pergunta: Qual seria a destinação dos quase R$ 7 milhões em contratos?
Mais irregularidades
Uma denúncia protocolada no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e encaminhada ao Ministério Público (MP) aponta possíveis irregularidades na contratação de atrações para o pré-carnaval de São Luís que vem sendo promovido pela Prefeitura de São Luís.
De acordo com a petição assinada pelo professor Wesley Sousa, pelo menos quatro artistas nacionais, teriam recebido cachês muito acima do que teriam cobrado em outros municípios. É o caso do DJ Pedro Sampaio, que costuma cobrar R$ 100 mil por apresentação, mas recebeu R$ 390 mil para fazer um show no circuito carnavalesco da capital maranhense, ou seja, quase 4x mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário