O engasgo é uma causa preocupante de óbitos, sendo responsável por cerca de 2 mil mortes por ano no Brasil. Muitas vezes, em situações como esta, famílias buscam ajuda ligando para o 193, acionando o Corpo de Bombeiros, que apenas no ano passado atendeu seis vítimas de obstrução das vias aéreas na Grande Ilha.
Com o intuito de ampliar a formação dos profissionais da educação para o atendimento de primeiros socorros, o deputado estadual Carlos Lula (PSB) propôs o Projeto de Lei nº 140/2024, visando capacitar os trabalhadores da rede estadual de ensino.
“A capacitação é fundamental para garantir uma resposta rápida e eficaz diante dessas emergências. O que queremos é promover a segurança e o bem-estar dos alunos e demais membros da comunidade escolar, ao mesmo tempo em que fortalecemos a preparação dos profissionais para lidar com situações adversas”, explica Carlos Lula.
O major Bruno, do Corpo de Bombeiros do Maranhão, ressalta a urgência de realizar corretamente a manobra de desengasgo para evitar sequelas ou óbito. Em média, 5 pessoas morrem por dia vítimas de asfixia em razão do engasgo no país.
“É imprescindível que os profissionais da educação saibam proceder diante de uma emergência como o engasgo. Para se ter ideia, uma vítima de engasgo severo, após cerca de quatro minutos sem oxigênio, pode ter sequelas cerebrais irreversíveis, pois a falta de oxigenação causa a morte das células cerebrais, o que pode inclusive ocasionar a morte cerebral. Por isso, é necessário que os profissionais da educação tenham esses conhecimentos técnicos, pois eles, certamente, serão a primeira resposta e farão a diferença entre a vida e a morte de uma pessoa”, avaliou o militar.
De acordo com o Projeto de Lei proposto, 10% dos profissionais de cada escola da rede estadual de ensino devem ser capacitados para prestar os primeiros socorros aos alunos. A proposta também inclui atividades preventivas, reconhecimento dos sinais de engasgamento e técnicas de intervenção imediata.
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