Em meio a tantas dificuldades no serviço público de saúde e filas de espera longas, o Ministério da Saúde divulga dados que mostram a realização de um número histórico de cirurgias eletivas realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No ano passado, foram realizados 13.663.782 procedimentos — volume 10,8% maior em comparação a 2023, quando o número chegou a 12.322.368 operações.
Em comparação com 2022, a alta é ainda maior: 32%. Naquele ano, foram realizadas 10.314.385 cirurgias. No período, houve crescimento de 3.349.397 procedimentos cirúrgicos eletivos no SUS.
O Programa Nacional de Redução das Filas, que visa a expansão de cirurgias prioritárias, também apresenta crescimento de procedimentos. No ano passado, 5.324.823 (cinco milhões, trezentos e vinte quatro mil, oitocentos e vinte três procedimentos foram realizadas em todo Brasil). O índice é 18% maior do que o registrado em 2023 (4.510.740 – quatro milhões, quinhentos e dez mil, setecentos e quarenta cirurgias). Entre 2022 e 2024, houve aumento de 1.573.966 (um milhão, quinhentos e setenta e três mil, novecentos e sessenta e seis cirurgias): alta de 42% nos atendimentos. Neste período, 1.355.192 (um milhão, trezentos e cinquenta e cinco mil, cento e noventa e dois cirurgias) foram financiadas pelo programa.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destaca que a redução das filas e o fortalecimento do SUS são prioridades do governo federal. “Estamos trabalhando em programas que diminuem o tempo de espera do paciente nas filas. Além disso, nos últimos dois anos, concentramos nossos esforços na reestruturação do SUS, que passou por um período de desestruturação. Nosso objetivo é que a população seja atendida em tempo hábil e com muita qualidade”, frisa.
Nísia Trindade destaca que o programa Mais Acesso a Especialistas é de extrema importância para o alcance dos resultados. “Com o programa, alcançamos o maior crescimento no número de serviços especializados no SUS nos últimos 10 anos. Além disso, ampliamos o número de médicos especialistas que atendem no SUS entre 2022 e 2024”, destaca a ministra.
Sobre o programa
O Mais Acesso a Especialistas traz inovações como a incorporação de um modelo de remuneração baseado no cuidado integral, que prioriza o paciente. Para isso, estão sendo investidos R$ 2,4 bilhões nas áreas de oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia.
O programa já alcançou adesão de 100% dos estados e do Distrito Federal, além de 97,9% dos municípios. Até o momento, foram enviados 136 planos de ação regionais, abrangendo 167,9 milhões de habitantes.
O programa prioriza a redução do tempo de espera para consultas, exames e tratamentos, com foco no diagnóstico precoce. As especialidades prioritárias são oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia.
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