Somente na quinta-feira (7), o Maranhão efetuou 44 prisões durante a Operação Nordeste Integrado, ação coordenada entre oito estados da região. O objetivo é dar cumprimento a 81 mandados judiciais - cerca de 15% do total expedido para a força-tarefa dos oito estados participantes.
A operação, que ainda está em andamento, mobiliza cerca de 300 agentes das forças de segurança maranhense, entre policiais civis, militares, agentes da Inteligência, integrantes da Força Estadual e do Centro Tático Aéreo (CTA), além de um grande aparato com viaturas, entre motos e carros, e dois helicópteros para apoio às equipes em solo.
As ações no Maranhão se concentram em cidades da região de divisa com o Piauí, consideradas estratégicas para o combate ao crime organizado devido à movimentação de grupos criminosos. Os municípios alvos são Timon e Caxias na divisa com a capital Teresina - onde foi efetuado o maior número de prisões; Araioses e Tutóia, na região do Parque Nacional dos Lençóis e Rota das Emoções, na divisa com Parnaíba; e Barão de Grajaú e São João dos Patos, municípios ao Sul do estado, limítrofes à cidade de Floriano, no Piauí.
O secretário de Segurança Pública do Maranhão, Maurício Martins, destacou a importância da ação no combate à criminalidade interestadual. "Essa operação reforça o compromisso com a segurança nas regiões de fronteira com o Piauí, onde a criminalidade interestadual exige uma resposta integrada e firme. Essa ação demonstra a capacidade de articulação entre as forças de segurança do Nordeste e o empenho contínuo do Maranhão para enfrentar o crime organizado, protegendo a população e garantindo a ordem pública".
O foco das investigações e dos mandados expedidos está em crimes graves e estruturados, como tráfico de drogas, homicídios, porte ilegal de armas e na atuação de organizações criminosas interestaduais. A atuação em áreas de divisa reforça o caráter estratégico da operação, que visa interromper rotas utilizadas por esses grupos para se deslocarem e fugir da ação policial. "Esta operação amplia a nossa capacidade de monitoramento e controle das fronteiras estaduais, dificultando a movimentação dos criminosos e permitindo uma atuação mais efetiva. Ao integrar diferentes forças e compartilharmos inteligência, conseguimos antecipar ações, identificar lideranças e neutralizar pontos críticos de atuação dessas organizações", ressaltou o delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Manoel Almeida.
No Maranhão, além das prisões, a operação já resultou em apreensão de armas de fogo, drogas, veículos com registro de furto, dinheiro e documentos essenciais para o aprofundamento das investigações, indicando uma resposta rápida das forças de segurança estaduais. O coordenador da Operação Nordeste Integrado no Maranhão, coronel Wallace Amorim, ressaltou que a operação se estende para além do cumprimento dos mandados judiciais. "Estamos com policiais militares nas ruas dessas regiões de divisa para intensificar, inclusive, o policiamento ostensivo, visando a prevenção de novos crimes. A atuação, neste caso, se dá por meio de barreiras em pontos estratégicos, no trânsito entre Maranhão e Piauí, e de incursões".
A Operação Nordeste Integrado envolve um total de 5.952 agentes nos estados participantes — Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia, e é coordenada pelo Conselho de Secretários de Segurança Pública do Nordeste, que mantém diálogo constante para garantir a segurança em todas as fronteiras da região. A operação segue em curso, com diligências até esta sexta-feira (8). A articulação entre as forças de segurança estaduais tem como objetivo ampliar o alcance das ações e os resultados nas regiões mais vulneráveis à atuação do crime organizado.
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