A 4ª Vara do Júri de São Luís promove
nesta segunda-feira (20), a partir de 8h30, o julgamento de Gustavo
Augusto Menezes Lopes (Gugu) e Rafael Mendonça Costa (Nikito), acusados
de envolvimento na morte do policial civil Cristiano Azevedo da Mota,
crime ocorrido no dia 17 de outubro de 2012, nas imediações da entrada
do Campus do Bacanga, da Universidade Federal do Maranhão, durante troca
de tiros entre facções criminosas.
Cristiano Azevedo foi morto por erro de
execução, atingido com um disparo nas costas, quando passava pelo local,
em direção ao trabalho. Os outros dois acusados, Deusdeth Garcia Gusmão
e Marlon da Silva Soares recorreram da decisão de pronúncia e por isso
não serão levados a julgamento no dia 20.
Conforme a denúncia do Ministério Público,
o homicídio ocorreu em consequência de uma briga de facções. Um dos
acusados, Marlon Silva Soares, que integraria uma quadrilha de
traficantes, reuniu-se com dois outros comparsas, identificados apenas
por Chibiu e Andrezinho, para planejar uma emboscada contra os
integrantes de outro grupo rival, do qual faziam parte Rafael Mendonça
Costa (Nikito), Gustavo Augusto Menezes Lopes (Gugu) Deusdeth Garcia
Gusmão (Pelado) e Taynara de Jesus Gomes Mendes (Índia).
A peça acusatória narra que “Marlon e seus
comparsas planejaram oferecer uma arma de fogo para Rafael Mendonça,
que por sua vez aceitou o negócio, tendo combinado preço e local de
entrega: a entrada do Sá Viana”. Os grupos rivais chegaram em dois
veículos – o de Marlon em um Gol preto e o de Rafael, em um Gol
vermelho.
Ao se aproximarem das imediações do portão
de entrada da UFMA, o grupo de Marlon iniciou a execução do crime
planejado, efetuando vários disparos em direção aos ocupantes do Gol
vermelho, que revidaram atirando também. O policial civil Cristiano
Azevedo da Mota, que por ali passava em direção ao seu trabalho, ficou
na linha do fogo cruzado, tendo sido alvejado com um disparo nas costas e
veio a óbito no local.
A sessão de julgamento, no próximo dia 20
de fevereiro, será presidida pelo juiz titular da 4ª Vara do Tribunal do
Júri de São Luís, José Ribamar Goulart Heluy Júnior, e ocorrerá no
auditório da 4ª Vara do Júri, no Fórum Des. Sarney Costa (Calhau).
Atuarão na acusação o promotor de justiça Samaroni Sousa Maia e o
assistente de acusação, advogado Ronald Luís Neves Ribeiro. A defesa dos
acusados ficará com o defensor público Audísio Nogueira Cavalcante
Junior e as advogadas Flávia Costa e Silva e Sandra e Costa e Silva
Braga.
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