O Poder360 obteve nesta 5ª feira (4.mar.2021) o novo cronograma do governo federal com detalhamento de prazos para o recebimento de vacinas contra a covid-19. O planejamento mostra pela 1ª vez doses suficientes para imunizar toda a população ainda neste ano.
O governo espera ter 593 milhões de doses até o fim de 2021, mas 198 milhões são de imunizantes ainda não aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ou ainda sem contrato fechado, o que corresponde a 1/3 do total.
Segundo o cronograma, o governo espera que, a partir de maio de 2021, o Brasil tenha vacinas suficientes para imunizar todos os grupos prioritários. O que não significa que seriam vacinados ainda em maio, pois o processo todo demora mais tempo por causa da distribuição, dos cronogramas para aplicação e também do intervalo necessário para se administrar a 2ª dose.
O quadro do governo fala em 23,3 milhões de doses da CoronaVac em março. O Poder360 apurou, entretanto, que serão no máximo 16 milhões de doses neste mês. Tudo considerado, há mais desejo do que realidade confirmada nas contas preparadas pelo governo.
O mais provável é que o cronograma federal exagere um pouco no otimismo. Em relação à versão anterior do plano, já são previstas 10 milhões de doses a menos para março. O Instituto Butantan já frustrou planos do governo ao não entregar as doses de CoronaVac esperadas em fevereiro.
Se todos os contratos forem assinados e as vacinas aprovadas, o governo terá 593 milhões de unidades até janeiro de 2022. Como a vacina da Jannsen precisa de apenas de uma dose, sobrariam 204 milhões caso toda a população (213 milhões) seja vacinada. O número excedente supera a margem de perda de imunizantes (por causa da quebra de frascos, do mau uso ou de armazenamento indevido), calculada pelo Ministério da Saúde, que é de 5%.
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