As eleições municipais de 2024 estão se aproximando. No próximo dia 6 de outubro, milhões de pessoas sairão de casa para definir quem serão os prefeitos e vereadores ao redor do Brasil pelos próximos quatro anos.
Diferentemente do resto do país, São Luís terá ainda um terceiro voto. O eleitor ludovicense terá a chance de opinar sobre a implementação do Passe Livre Estudantil.
A iniciativa busca garantir acesso gratuito ao sistema de transporte público da cidade por parte dos estudantes tanto da rede pública quanto privada, sejam de nível fundamental, médio, técnico ou superior.
Caso a maioria dos eleitores seja favorável ao projeto, ele passa para deliberações na Câmara Municipal a partir do próximo ano.
Mobilização popular
Nesse contexto, movimentos sociais passaram a se organizar para convencer a população a respeito da necessidade de aprovação da pauta.
No dia 20 de julho deste ano, uma convenção constituiu a Frente a favor do SIM no Plebiscito sobre o Passe Livre Estudantil. O grupo se dedica a convencer a população a votar em favor do projeto.
Um dos integrantes da frente é Iago Henrique, estudante de Artes Visuais do Instituto Federal do Maranhão (IFMA). Ele atua na mobilização no bairro Liberdade.
De acordo com Iago, desde então o principal desafio do grupo é tornar a consulta pública um conhecimento geral entre a população.
“Existe uma omissão ou um silenciamento sobre o plebiscito. Muitas pessoas não sabem e isso pode gerar inclusive um engarrafamento nas ruas”
Ainda conforme Iago, o movimento está organizado nessas divisões: presidência, tesouraria, coordenação geral e comitês, que se dedicam a divulgar o plebiscito em áreas específicas.
Rejane Galeno é professora da rede pública. Atualmente, ela também é coordenadora geral da Frente a favor do SIM no Plebiscito sobre o Passe Livre Estudantil.
Ao Difusora News, Rejane se mostrou confiante na opinião positiva dos eleitores em relação ao Passe Livre Estudantil.
“Em todos os lugares que vamos e fazemos mobilização, panfletagem e outras ações de divulgação, a população se mostra favorável”, disse Rejane.
Ainda de acordo com a professora, recursos não seriam um impedimento para a pauta, pois a prefeitura já teria os recursos necessários:
“Estamos em contato direto com vereadores e temos a informação de que secretarias como a Setur (Turismo) e a Semed (Educação) têm recursos para viabilizar o projeto.”
Como funcionaria o Passe Livre Estudantil?
Detalhes a respeito do projeto ainda serão definidos em deliberações na Câmara Municipal de São Luís a partir de 2025.
Serão esses diálogos que definirão, por exemplo, se o Passe Livre Estudantil valeria apenas para duas passagens de ônibus por dia.
De acordo com os integrantes, a meta da Frente a favor do SIM no Plebiscito sobre o Passe Livre Estudantil é um projeto mais completo.
“Que não sejam apenas passagens para ir e vir das aulas, um passe que garanta o direito ao esporte, aos espaços culturais, ao lazer”, explicou Iago.
Como será a consulta pública?
Ou seja, no dia 6 de outubro, os eleitores que votam em São Luís terão de escolher seus candidatos a vereador, prefeito e, depois disso, dar o voto no plebiscito.
A urna eletrônica indicará a pergunta “São Luís deve implantar o Passe Livre Estudantil?” para cada cidadão manifestar sua opinião.
Como a urna só dispõe de números, ficou definido que o número 1 indica voto ‘SIM’, assim como o número 2 o voto ‘NÃO.’
Para Rejane, a ampla divulgação é fundamental para evitar problemas e esperas.
“Se as pessoas forem surpreendidas isso pode gerar filas mais longas e atrapalhar o processo eleitoral”, apontou Rejane.
Fonte: Difusora News
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